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Bolsonaro preso, EUA atentos — e o mercado? Nem piscou (por enquanto)

A prisão preventiva de Jair Bolsonaro provocou barulho político, irritação diplomática e um “que pena!” de Donald Trump, mas não tirou o sono da Faria Lima. Apesar do vice-secretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, ter classificado a detenção como “provocativa e desnecessária”, analistas concordam: não deve haver impacto relevante na precificação das ações nem fuga de capital. O motivo é simples — o mercado já esperava o desfecho e, portanto, já havia incorporado o risco. 

A embaixada dos EUA no Brasil ainda ecoou a preocupação de Landau, mas, se ficar só nisso, não passa de ruído diplomático. O que importa de verdade para os investidores é outra pergunta: quem Bolsonaro vai apoiar? Será alguém da família? Um nome competitivo? Como lembrou o colunista de veja e professor Ricardo Rocha, do Insper, a dúvida central é se a oposição conseguirá se unir em torno de um candidato único — e isso sim tem potencial para mexer com expectativas econômicas.

Ainda assim, há um flanco internacional no radar. O economista André Perfeito avalia que a chance de Trump rever ou suspender o acordo tarifário com o Brasil é baixa, mas existe — e qualquer sinal nessa direção será monitorado com lupa. Lá fora, a preocupação é a narrativa geopolítica; aqui dentro, é a matemática eleitoral. No balanço geral, o mercado segue indiferente à prisão, mas atento aos próximos capítulos da sucessão à direita, onde cada movimento pode reprecificar ativos.
E às 10h, no Programa Mercado, a gente explica ao vivo o que realmente faz preço — e o que é só barulho político.

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