As bolsas globais começam a última semana de novembro com a missão de minimizar o tamanho das perdas registradas até aqui. O S&P 500 cai 3,40% no acumulado do mês; o Nasdaq afunda ainda mais, 6,11%. O derretimento chegou também ao velho continente, com o índice alemão DAX recuando 3,6%.
A virada de expectativas sobre um possível corte de juros nos Estados Unidos também em dezembro tem sido um dos principais fatores para explicar o cenário negativo do mês. E o mercado financeiro está sem subsídios para apostar em uma virada de expectativas.
Acontece que a inflação americana bateu novamente os 3% ao ano no indicador de setembro, divulgado com atraso pelo governo após o shutdown. Nesta semana, sai o PCE, a inflação que o Fed usa como principal guia para suas decisões de política monetária. Também não ajuda o fato de que o governo dos EUA afirmou que não divulgará dados referentes a outubro, criando uma ruptura inédita em sua série histórica. No apagão prolongado, o Fed deve se manter cauteloso.
O risco dos juros altos é ainda mais pronunciado ante o receio de que o fenômeno da inteligência artificial se confirme como bolha. Ainda que os resultados da Nvidia, na semana passada, tenham afastado uma catástrofe, eles não foram suficientes para tirar o assunto do noticiário.
Ainda assim, os futuros das bolsas americanas amanhecem em alta nesta segunda-feira. Com a agenda fraca, investidores tentam compensar as perdas recentes enquanto aguardam novas divulgações. Nos EUA, a semana é mais curta por causa do feriado de Ação de Graças, na quinta-feira.
Enquanto isso, o Brasil aproveita o momento positivo no exterior para defender os ganhos do Ibovespa em novembro. A bolsa brasileira ainda acumula alta de 3,50% no mês, isso após ter recuado do pico recente. O EWZ, fundo que representa as ações brasileiras em Nova York, também começa a segunda em alta.
Por aqui, a semana será marcada por agenda cheia, com divulgações da arrecadação federal, ainda nesta segunda, e as divulgações do IPCA-15 e dados de emprego, com Pnad Contínua e Caged ao longo da semana.
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11h: Planejamento concede entrevista sobre relatório bimestral de receitas e despesas
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12h: Galípolo faz palestra no almoço anual de dirigentes de bancos, na Febraban