A bolsa de valores de São Paulo retoma as atividades nesta segunda-feira, 21, com um baita desafio. Recuperar os resultados ruins que levaram o Ibovespa, o principal índice de referência do mercado financeiro do país, a quedas consecutivas. No acumulado da semana passada, o índice caiu 2,06%. Na semana anterior, a redução foi ainda mais drástica: queda de 3,59% – a pior desde dezembro de 2022, quando o recuou foi de 4,34%. Os dados foram compilados por Einar Rivero, da Elos Ayata.
As quedas consecutivas recentes têm uma explicação. Ou melhor, duas.
A primeira é a insegurança causada nos mercados por conta de dois anúncios importantes. Ambos vindos dos Estados Unidos. Primeiro, Donald Trump anunciou uma severa taxação de exportações brasileiras em 50%. Não bastasse isso, na semana passada houve a abertura de investigações comercial por parte dos norte-americanos e que envolve até o Pix, o meio de pagamento mais popular por aqui.
Mas novo turbilhão de incertezas surgiu com a operação da Polícia Federal – deflagrada a pedido do ministro do STF Alexandre de Moraes na última sexta-feira – que resultou em uma busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília e que o levou também a instalar uma tornozeleira eletrônica.
E a Vale? E a Petrobras?
Tudo isso somado, só na sexta-feira a bolsa de valores perdeu 1,61% do seu valor. Pior: estacionou nos 133 mil pontos. É ainda bastante acima do número do início do ano, quando o Ibovespa oscilava em torno dos 120 mil pontos, mas de novo se distancia da marca simbólica projetada por muitos para este ano: alcançar e até ultrapassar os 150 mil pontos.

É preciso observar também como as principais empresas do índice reagirão nesta semana. A Petrobras, por exemplo, terminou a semana passada com queda de 1,53%. Ao contrário da Vale, que valorizou quase 0,50%.
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