O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (22) pelo Banco Central, mostrou um novo ajuste nas expectativas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país. Os analistas reduziram a projeção para a inflação medida pelo IPCA em 2025, que passou de 4,36% para 4,33%, mantendo a trajetória recente de revisões para baixo. A estimativa para o câmbio indica que o dólar deve encerrar 2025 cotado a 5,43 reais.
No que diz respeito à atividade econômica, a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 foi levemente ajustada para cima, com crescimento esperado de 2,26%, sinalizando um cenário de expansão moderada da economia brasileira.
Para os anos seguintes, as expectativas seguem mostrando uma desaceleração gradual da inflação. Em 2026, a projeção do IPCA foi reduzida para 4,06%, representando a quinta queda semanal consecutiva. Já para 2027, a estimativa permaneceu estável em 3,80%, sem alterações ao longo das últimas sete semanas.
O IGP-M, índice amplamente utilizado para reajustes de contratos, também teve sua previsão revisada. Para 2025, os analistas passaram a esperar uma variação negativa de -0,74%, um recuo mais intenso do que o projetado anteriormente, quando a estimativa era de -0,65%, marcando quinze semanas seguidas de revisões para baixo. Para 2026, a projeção foi ligeiramente reduzida de 4,00% para 3,99%, enquanto a expectativa para 2027 permaneceu em 4,00%.
Em relação aos preços administrados pelo governo, o mercado também fez pequenos ajustes. Para 2025, a previsão recuou de 5,34% para 5,32%. Já para 2026, a estimativa caiu de 3,75% para 3,71%, acumulando três semanas consecutivas de queda. Para 2027, houve uma leve elevação da projeção, que passou de 3,60% para 3,70%, interrompendo um período de estabilidade observado nas quatro semanas anteriores.
No campo da política monetária, os economistas mantiveram a expectativa de que a taxa Selic encerre 2025 em 15% ao ano, nível atual da taxa básica de juros. Para o fim de 2026, a projeção foi revista para cima, passando de 12,13% para 12,25% ao ano. Já para 2027, a estimativa permaneceu inalterada em 10,50% ao ano.
O boletim trouxe uma revisão positiva para a entrada de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no país. A expectativa para 2025 avançou de 75 bilhões de dólares para 79,3 bilhões de dólares, enquanto, para 2026, a projeção subiu de 72 bilhões de dólares para 72,4 bilhões de dólares, indicando maior confiança dos investidores internacionais no médio prazo.