Cerca de 60 mil pessoas foram às ruas de Berlim neste sábado, 27, em manifestação de solidariedade aos palestinos em Gaza. O protesto, convocado por movimentos de esquerda alemães, pediu o fim da guerra entre Israel e o Hamas e levou às ruas da capital alemã centenas de bandeiras da Palestina. A caminhada partiu da Alexanderplatz, uma grande praça na cidade, e durou em torno de cinco horas, acompanhada pela polícia local.
Com pedidos de “Palestina livre”, os manifestantes carregaram faixas e cartazes em que classificavam a guerra como um “genocídio” e pediam o fim da exportação de armamentos alemães para Israel — que está suspensa — além de exigirem sanções da União Europeia contra o país comandado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O ato foi convocado em conjunto por 50 organizações e associações na Alemanha, o que inclui a Anistia Internacional e o partido A Esquerda, o quarto com mais representantes no Parlamento alemão. No geral, o protesto foi pacífico, à exceção de conflitos isolados.

Nos últimos dias, durante a Assembleia Geral da ONU, a Alemanha foi a única grande potência europeia que não reconheceu o Estado da Palestina, em movimento conduzido pela diplomacia francesa.
Em outro ponto de Berlim, houve também um protesto a favor de Israel, em reação à manifestação principal. Com cerca de 100 pessoas, o grupo pregou “contra o antissemitismo”, na esteira de polêmica legislação aprovada na Alemanha e que tem tornado complexos os atos contrários à postura de Israel.