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Barroso teve que desenhar para Trump e os Bolsonaro

 

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, decidiu responder à carta de Donald Trump com aquilo que o momento exige: firmeza serena e memória histórica.

Diante da tentativa de reescrever os fatos, o Supremo fez o que se mostra necessário diante da estreiteza de algumas mentes. Ele desenhou a diferença entre democracia e ditadura para um ex-presidente dos EUA e para os aliados de Bolsonaro no Brasil.

“Para quem não viveu uma ditadura ou não a tem na memória, vale relembrar: ali, sim, havia falta de liberdade, tortura, desaparecimentos forçados, fechamento do Congresso e perseguição a juízes. No Brasil de hoje, não se persegue ninguém”, escreveu Barroso.

O presidente do STF traçou uma linha direta entre os 40 anos de estabilidade institucional conquistados desde 1985 e os ataques sofridos a partir de 2019.

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Lembrou de bombas planejadas, mentiras sobre urnas, ameaças armadas e até planos de assassinato — todos documentados.

O recado é duplo. Internamente, reafirma que os processos contra Bolsonaro seguem o devido processo legal. Internacionalmente, mostra que o Judiciário brasileiro está de pé, atento e, para azar dos críticos, independente. Sem revanchismo. Sem medo.

Outro ponto abordado por Barroso foi a moderação nas redes sociais — tema sensível para Trump, dono da Truth Social, que não é popular aqui no Brasil.

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Na carta, o ministro destaca que o Brasil adotou um modelo moderado de regulação, “menos rigoroso que o europeu”, que preserva a liberdade de expressão e de imprensa, mas não a prática de crimes.

Ao final, Barroso faz o gesto institucional que faltava: o Supremo não reage com bravatas. Reage com Constituição.

Trump tentou transformar Bolsonaro em mártir. Barroso lembrou que o que está em jogo não é um nome, mas um regime.

E desenhou, ponto por ponto.

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