O Banco Central Europeu deve cortar os juros da zona do euro nesta manhã, levando a taxa de depósitos para 2% ao ano. A medida é uma reação à queda da inflação, que está ligeiramente abaixo da meta de 2% ao ano, a 1,9%. Na prática, o bloco passa a ter juro real zero.
A inflação na meta combinada com o fraco crescimento da economia do bloco abririam espaço para novos cortes de juros, levando mais uma vez a região ao juro negativo. Mas a incerteza quanto aos efeitos da guerra comercial de Trump tem feito analistas apostarem em uma pausa nas reduções.
Por isso, a entrevista da presidente do BCE, Christine Lagarde, será ainda mais importante do que o anúncio dos juros, já que ela dará a direção futura para a política monetária no bloco.
À espera da decisão, as bolsas europeias começam a quinta-feira em alta. O sinal também é ligeiramente positivo nos futuros americanos, que tentam captar com mais precisão as condições do mercado de trabalho americano.
Não só isso. Nesta quinta, os EUA divulgam os dados da balança comercial de abril, e devem mostrar qual foi o impacto do primeiro mês de guerra comercial sob as importações do país. No Brasil, saem os dados da balança de maio, o único dado relevante da agenda.
Agenda do dia
9h15: BCE anuncia decisão de política monetária; Christine Lagarde concede entrevista
9h30: EUA divulgam pedidos de auxílio-desemprego da semana até 31/05
9h30: EUA publica balança comercial de abril
11h: Anfavea anuncia produção de veículos de maio
13h: Adriana Kugler (Fed) discursa em evento
14h30: Patrick Harker (Fed/Filadélfia) discursa em evento
14h30: Jeff Schmid (Fed/Kansas) discursa em evento
15h: Secex divulga balança comercial de maio
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