O Banco Central (BC) barrou a venda do Banco Master, de Daniel Vorcaro, ao BRB, banco controlado pelo governo do Distrito Federal. “Diante do indeferimento do Bacen, o Contrato será rescindido de acordo com seus termos e condições”, diz a estatal em nota.
O BC tinha até um ano para avaliar a operação, mas liquidou a fatura em pouco mais de cinco meses. A operação foi anunciada ao mercado no dia 28 de março.
O diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, Renato Dias de Brito Gomes, já havia dado parecer contrário à operação. A diretoria do órgão apenas seguiu a orientação.
A ascensão de Vorcaro ao topo da Faria Lima, o centro financeiro do país, foi rápida. Em cinco anos, ele multiplicou o tamanho do Banco Master com a venda desenfreada de Certificados de Depósito Bancário (CDBs) cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Fartava-se do risco compartilhado com o sistema.
Com dinheiro em caixa, o novo-rico foi ao mercado e trocou crédito barato por ações de companhias em dificuldade — e de baixa liquidez. A partir de 2022, o mercado de capitais desapareceu. E o caixa do banco minguou.