Às vésperas da COP30, Belém recebe nesta quinta-feira, 6, um total de 57 líderes mundiais para uma cúpula marcada por tensões políticas e pela pressão de avanços concretos na agenda climática. É a menor participação em COPs desde 2019, marcando um banho de água fria nos esforços do governo brasileiro.
Entre os países do G20, apenas os líderes do Reino Unido, Alemanha, França e das Uniões Europeia e Africana vieram.
Responsável por um quarto das emissões de gases do efeito estufa do planeta, a China optou por enviar seu vice-primeiro-ministro, Ding Xuexiang, no lugar do presidente Xi Jinping.
Pior fizeram os Estados Unidos, segundo maior poluidor, que se retiraram do Acordo de Paris após a volta de Donald Trump à Casa Branca e não enviaram representantes.
A baixa adesão, afirmam analistas, expõe o desinteresse crescente de parte da classe política em relação à agenda ambiental.
O encontro pretende traçar orientações para as negociações que começarão na próxima semana, em um cenário considerado decisivo para o rumo das ações globais contra o aquecimento do planeta.