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Avenida Brasil: como é Nina, vivida por Debora Falabella, na versão turca

Sucesso absoluto ao redor do mundo, exibida em mais de 150 países, Avenida Brasil (2012) ganhou uma adaptação turca que estreia no Globoplay na segunda-feira, 24. Batizada de Leyla: Sombras do Passado, a nova versão resgata figuras icônicas da teledramaturgia, como Carminha, Tufão e Nina, agora reimaginadas dentro do universo das dizis – termo referente às produções turcas que se tornam fenômenos globais.

Assim como na trama criada por João Emanuel Carneiro, o enredo turco é impulsionado pela sede de vingança de uma jovem abandonada pela madrasta em um lixão após a morte do pai. Mas, embora compartilhem a mesma origem trágica, Nina (Débora Falabella) e Leyla (Cemre Baysel) trilham caminhos distintos, moldados pelo estilo narrativo e pelo contexto cultural de cada país.

Na novela brasileira, Nina – antes conhecida como Rita – cresce no lixão, carrega a ferida da traição de Carminha (Adriana Esteves) e retorna como uma protagonista fria e calculista, dividida entre o impulso da vingança, conflitos morais e o reencontro com seu amor de infância, Jorginho (Cauã Reymond). Sua trajetória é marcada pelo ritmo acelerado típico da telenovela nacional, pelo humor dramático e por um cenário social que transita entre a favela, o subúrbio e o universo do futebol.

Na adaptação turca, Leyla vive essa história sob outra estética. Depois de ser abandonada, ela reaparece sob a identidade de Ela, infiltrando-se na casa da vilã Nur (Gonca Vuslateri) como chef de cozinha – uma escolha inexistente no original, que acrescenta sofisticação típica de histórias do país e estratégia ao plano de vingança. Sua jornada segue o formato de dizi, marcado por capítulos mais longos, ritmo mais contemplativo e forte carga emocional. A relação com Civan (Alperen Duymaz), equivalente de Jorginho, também ganha novos contornos com elementos inéditos, como tramas envolvendo perda de memória.

Enquanto Nina é uma heroína intensa, urbana e atravessada por tensões sociais brasileiras, Leyla se alinha à tradição melodramática turca: guiada pelos valores de família, honra e pelas emoções internalizadas que conduzem os dramas locais. No fim, ambas encarnam o mesmo arquétipo: o da jovem traída que tenta reescrever o próprio destino.

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