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Autor de ataque a sinagoga na Inglaterra alegou lealdade ao Estado Islâmico, dizem autoridades

O autor do ataque contra uma sinagoga em Manchester, no norte da Inglaterra, que deixou dois mortos e três feridos durante o Yom Kippur, ou Dia do Perdão, ligou para a polícia minutos após a agressão e declarou estar agindo em nome do Estado Islâmico, confirmou nesta quarta-feira, 8, a divisão antiterrorismo britânica.

Armado com facas e dirigindo um carro, o suspeito identificado como Jihad Al-Shamie, um britânico de ascendência síria de 35 anos, avançou contra fiéis reunidos no templo Heaton Park Hebrew Congregation, no bairro de Crumpsall. Ele ainda portava um colete que parecia ser explosivo. As vítimas fatais foram Melvin Cravitz, de 66 anos, e Adrian Daulby, de 53 — este último baleado por policiais enquanto tentava impedir a entrada do agressor na sinagoga. Outras três pessoas foram hospitalizadas, feridas por atropelamento, facadas e disparos durante a operação. O atirador foi morto a tiros pela polícia sete minutos após o primeiro chamado de emergência.

Embora não estivesse no radar do contraterrorismo nem inscrito no programa oficial de prevenção à radicalização, Al-Shamie tinha antecedentes criminais e havia sido recentemente preso sob acusação de estupro, liberado sob fiança. Segundo o chefe de Policiamento Antiterrorismo, Laurence Taylor, há forte indício de motivação ligada à ideologia islâmica extremista.

“A ligação para a emergência é parte dessa avaliação” disse o assistente-chefe de polícia de Manchester, Rob Potts, acrescentando que a investigação segue em aberto.

O atentado ocorre em meio à escalada de atos antissemitas no Reino Unido. Apenas em 2024, foram registrados mais de 3.500 episódios de ódio contra judeus, segundo o Community Security Trust — o segundo maior número da história, atrás apenas de 2023. O crescimento acompanha a deterioração da situação no Oriente Médio desde a guerra em Gaza, que já se arrasta por quase dois anos.

A família de Al-Shamie divulgou uma nota em redes sociais dizendo estar em “choque profundo” e condenando o ato como “hediondo”. Seis pessoas chegaram a ser presas durante as primeiras horas da investigação, mas todas foram liberadas sem acusação formal.

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