Um vídeo divulgado pela Nasa mostra uma cena incomum: uma aurora vermelha brilhando sobre a Terra, captada por um astronauta a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). O registro foi feito por Don Pettit, que descreveu o fenômeno como raro e de grande intensidade. Segundo ele, auroras desse tipo aparecem apenas duas ou três vezes durante uma missão de seis meses no espaço.
As auroras, popularmente conhecidas como “luzes do norte” ou “luzes do sul”, são manifestações do chamado clima espacial — um conjunto de fenômenos que resulta da interação entre partículas liberadas pelo Sol e o campo magnético terrestre. Embora o verde seja a cor mais comum, causada pelo oxigênio em níveis mais baixos da atmosfera, a tonalidade vermelha surge quando esse mesmo gás é excitado em altitudes mais elevadas, tornando o fenômeno ainda mais especial.
Como as auroras se formam
O processo por trás do espetáculo é resultado de uma verdadeira dança cósmica. Ventos solares, compostos por partículas carregadas, colidem com a magnetosfera terrestre, que atua como um escudo protetor. Ao adentrar em regiões próximas aos polos, essas partículas atingem átomos e moléculas da atmosfera, liberando energia em forma de luz. Dependendo da altura em que a colisão acontece, as cores variam: além do verde e do vermelho, é possível observar tons de azul e violeta.
Essa interação entre Sol e Terra não apenas cria um espetáculo visual, mas também afeta sistemas de comunicação e satélites. Por isso, o estudo das auroras tem relevância científica: compreender a dinâmica do clima espacial ajuda a prever e mitigar seus impactos sobre a tecnologia que usamos diariamente.
