Após 27 anos de carreira, Fabio de Luca, 45 anos, que ficou conhecido por suas esquetes no Porta dos Fundos, está em sua primeira novela da TV Globo, Êta Mundo Melhor!. Interpretando o atrapalhado detetive Sabiá, contratado para encontrar Junior/Samir (Davi Malizia), filho de Candinho (Sergio Guizé), Fabio precisa equilibrar a rotina de gravações do folhetim com as preparações para um espetáculo teatral e a expectativa pelo lançamento de Dona Beija, da Max. “É como se eu tivesse conquistado um marco importante na carreira. Sou de um tempo que ser reconhecido como ator, até em casa, pela família e amigos, passava por ter uma experiência numa novela da Globo. Isso ficou no meu imaginário, faz parte da minha formação, é a realização de vários sonhos. Estou, assim, nos céus”, diz à coluna GENTE.
Fabio chegou a fazer algumas breves participações em tramas de humor, como Filhos da Pátria, mas novela parecia um sonho distante. “Nunca tentei entrar, porque não tem como tentar entrar. Para isso, vamos nos mostrando, ficando na vitrine, nos colocando. Precisamos estar nas redes sociais, inventando cena, porque hoje não pode ser só ator, tem que ser ator e ser produtor de si mesmo. É assim que a gente tenta as coisas, mas não dá para chegar lá no Google e pedir para fazer uma novela. Quem dera”, brinca. Mas desta vez, quando foi chamado para o teste de elenco, nem acreditava que conseguiria o papel. “Fiz, sem muita esperança. Quando rolou, foi como Copa do Mundo aqui em casa”, recorda.
Considerando-se uma pessoa “anti-burnout”, nunca fica esgotado emocionalmente com a pressão profissional. “Quando estou trabalhando é onde estou mais pleno, mais feliz. Gosto demais”. Para tanto, o ator, que chegou a pesar 193 quilos, passou por uma drástica mudança de rotina – deixou de fumar, adotou hábitos saudáveis e parou de fumar. Vinte quilos mais magro, veio mais disposição e hoje percebe a diferença que a nova postura fez para sua vida profissional e pessoal. “Tudo isso começo em 2024, quando fiquei um tempão num spa. Quando fui para lá, estava mal. Quando parei de fumar, as articulações das pernas doíam demais, não conseguia caminhar por muito tempo, ficar em pé por muito tempo, o que estava atrapalhando meu trabalho e minha vida. Depois que consegui perder peso, tive mais tranquilidade, mais fôlego”.
