Apesar de ter lançado um comunicado reforçando que o recesso está mantido até o início de agosto, o presidente da Câmara, Hugo Motta, não conseguiu protelar a iniciativa de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro de votar em comissões permanentes moções de apoio ao ex-mandatário em meio ao avanço das investigações contra ele.
Esse tipo de matéria será apreciada nesta semana pelas comissões de Relações Exteriores e de Segurança Pública, ambas sob comando de deputados alinhados a Bolsonaro.
Técnicos da Casa pontuam que, se o paraibano houvesse formalizado, por meio um ato, a vedação da realização de reuniões dos colegiados durante o recesso, o provável avanço dos gestos de apoio ao ex-presidente poderiam ser invalidados assim que os parlamentares retomassem os trabalhos após o recesso.
Isso porque partidos da base aliada de Lula questionariam se as medidas poderiam ter sido votadas, desrespeitando uma regra estabelecida pelo comando da Mesa. A provocação possivelmente seria aceita pelo chefe do Legislativo, avaliam interlocutores do presidente da Casa.