Dias após retornar ao Brasil depois de ser detido por Israel após a interceptação da flotilha Global Sumud, que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza, o ativista Thiago Ávila afirmou que uma nova missão deve ocorrer no próximo ano para monitorar o acordo de cessar-fogo na região.
A ideia é manter o mundo mobilizado para fiscalizar se os termos do acordo estão sendo cumpridos e manter vivo “o levante global” que ajudou a viabilizar a arrancada no processo de pacificação. Ele, porém, não esconde o ceticismo, visto que acordos anteriores já foram rompidos em dezenas de oportunidades.
A expectativa de Ávila é que a iniciativa seja ainda maior no próximo ano, já que milhares de ativistas já demonstraram disposição em participar da nova ação.
“Se existe acordo de cessar-fogo, não há motivo para nos interceptar. Se existe qualquer perspectiva de paz verdadeira, isso envolve a permissão de observadores internacionais entrarem em Gaza para fazer o trabalho humanitário”, pontuou o ativista brasileiro ao Radar.
“Vamos testar as águas para ver se o caminho está aberto, para ver se o povo palestino está livre para viver sem bloqueios”, acrescentou.
