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Ataques russos matam ao menos 19 na Ucrânia; Polônia fecha aeroportos e aciona caças

Uma onda de disparos russos com 518 drones e mísseis deixou ao menos 19 mortos na Ucrânia nesta quarta-feira, 19. As principais cidades atingidas foram Lviv e Ternopil, mas, nesta manhã, todo o território ucraniano estava sob alerta de ataque aéreo. O Ministério da Energia do país informou que houve cortes de energia emergenciais em diversas regiões.

Ternopil concentrou todas as vítimas fatais, enquanto outras 66, incluindo 16 crianças, ficaram feridas lá, segundo um comunicado do Serviço Estatal de Emergência da Ucrânia (SES) divulgado no Telegram. A mídia estatal ucraniana noticiou que um prédio residencial de vários andares foi gravemente danificado na cidade. Imagens mostram que os andares superiores do edifício foram destruídos, um grande buraco na estrutura.

Em Lviv, o governador regional, Maksym Kozytskyi, afirmou que o ataque danificou uma usina de energia e atingiu um complexo industrial, mas não causou vítimas, enquanto uma testemunha relatou à agência de notícias Reuters que houve interrupções no fornecimento de eletricidade na região.

Na região nordeste de Kharkiv, a polícia informou que 36 ficaram feridos, ao passo que as explosões danificaram mais de 10 prédios residenciais, uma escola, um supermercado e uma base de ambulâncias.

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Tensão

Após os ataques russos, a Polônia, que faz fronteira com a Ucrânia, fechou brevemente seus aeroportos de Rzeszów e Lublin, no sudeste do país. Além disso, comandantes militares poloneses mobilizaram caças, por conta de instalações de empresas polonesas localizadas na Ucrânia que foram atingidas pelos disparos. A tensão da noite também levou a Romênia a colocar caças F-16 no ar.

A tensão é especialmente significativa com Varsóvia, que foi objeto de uma grande incursão de drones russos em setembro. Mais recentemente, no domingo 16, viu uma bomba explodir um pedaço da linha de trem que liga a capital à fronteira ucraniana, usada para transferir ajuda humanitária ao país em guerra.

O governo acusa os serviços de segurança da Rússia de ter usado na ação dois ucranianos, que fugiram para Belarus. Nesta quarta, o chanceler polonês, Radoslaw Sikorski, endureceu em fala ao Parlamento, acusando Moscou de ter cometido “um ato de terrorismo de Estado”.

A Polônia e seus aliados têm reforçado suas defesas aéreas em meio ao aumento da atividade de drones russos. No mês passado, Varsóvia implantou sistemas adicionais ao longo de sua fronteira com a Ucrânia, que se estende por cerca de 530 km.

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Zelensky em turnê

O ataque ocorreu enquanto o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chegava à Turquia, onde espera retomar as negociações para o fim da guerra.

“Cada ataque descarado contra a vida civil demonstra que a pressão sobre a Rússia é insuficiente. Sanções eficazes e assistência à Ucrânia podem mudar isso”, disse ele nas redes sociais, pedindo a aliados mísseis de defesa aérea.

Moscou tem intensificado seus bombardeios diários com drones e mísseis nos últimos meses, visando a infraestrutura energética ucraniana e atingindo diversas estruturas civis. Antes da Turquia, Zelensky esteve na França na segunda-feira 17, onde assinou um acordo com o presidente Emmanuel Macron que prevê a aquisição, por Kiev, de até 100 caças e outros equipamentos, incluindo drones.

Ataques ucranianos na Rússia

Enquanto isso, Moscou afirmou que as forças ucranianas dispararam nesta quarta-feira quatro mísseis ATACMS, de fabricação americana, contra a cidade de Voronezh, no sul da Rússia. Caso confirmado, o ataque estaria no limite do alcance de 300 km das armas. Nunca as forças de Kiev haviam sido disparados tão longe.

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“Equipes russas de defesa aérea S-400 e sistemas de mísseis e canhões Pantsir abateram todos os mísseis ATACMS”, disse o Ministério da Defesa da Rússia no Telegram.

De acordo com a pasta, os destroços dos mísseis destruídos danificaram os telhados de uma casa de repouso e de um orfanato em Voronezh, além de uma residência. Não houve vítimas ou feridos. O ministério também divulgou fotos de partes dos ATACMS despedaçados e afirmou que as forças de reconhecimento aéreo identificaram a região de Kharkiv como o local de lançamento.

Kiev recebeu os sistemas em 2023, mas inicialmente seu uso estava restrito ao território ucraniano, do qual quase um quinto é controlado pela Rússia. Em janeiro, a Ucrânia usou ATACMS para disparar contra a região russa de Belgorod.

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