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Astrônomos encontram nova super-Terra a 154 anos-luz de distância

Uma equipe internacional de astrônomos confirmou a existência de um novo exoplaneta, semelhante à Terra, batizado de TOI-1846 b. Este mundo distante, uma Super-Terra, destaca-se por seu tamanho e características únicas, oferecendo insights valiosos sobre a formação planetária. A descoberta foi detalhada em um artigo publicado no servidor de pré-impressão arXiv.

A jornada para desvendar o TOI-1846 b começou com o Satélite de Pesquisa de Exoplanetas em Trânsito (TESS) da Nasa. Lançado em 2018, o TESS atua como um “caçador de exoplanetas”, monitorando o brilho de milhares de estrelas próximas. Ele identifica quedas sutis na luz estelar, indicando que um planeta pode estar passando à frente de sua estrela — um evento conhecido como trânsito.

Em março de 2023, o TESS detectou um sinal promissor na estrela TOI-1846, localizada a cerca de 154 anos-luz de distância, na constelação de Lyra. Para validar essa descoberta, a equipe liderada por Abderahmane Soubkiou, do Observatório Oukaimeden, no Marrocos, realizou uma série de observações adicionais usando telescópios terrestres. Essas análises confirmaram que o TOI-1846 b é, de fato, um planeta.

O que é uma Super-Terra?

O termo Super-Terra refere-se a um tipo de exoplaneta que é maior que a Terra, mas menor que os gigantes gasosos como Netuno. O TOI-1846 b se encaixa perfeitamente nessa categoria: ele tem um raio de 1,79 vezes o da Terra e é cerca de quatro vezes mais massivo que nosso planeta. Com uma densidade de 4,2 gramas por centímetro cúbico, há a hipótese de que o TOI-1846 b pode ser um mundo rico em água.

Apesar de ser uma Super-Terra, as condições no TOI-1846 b são extremas. Ele orbita sua estrela, uma anã vermelha menor e mais fria que o Sol, a uma distância muito pequena, completando uma volta a cada 3,93 dias. Essa proximidade resulta em uma temperatura média estimada em 295°C, tornando-o inóspito para a vida como a conhecemos.

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A descoberta do TOI-1846 b é significativa porque o planeta reside em uma região do universo conhecida como “vale de raio” ou “lacuna de raio”. Esta é uma faixa onde há uma escassez de planetas com tamanhos semelhantes, servindo como uma fronteira entre planetas rochosos e mundos gasosos menores. Estudar planetas nesse “vale” é crucial para os cientistas testarem modelos de formação e evolução planetária, como a perda de massa impulsionada pelo núcleo ou a formação em ambientes com pouco gás.

Embora o TOI-1846 b não seja um candidato à habitabilidade, ele oferece uma oportunidade única para entender os processos que moldam os planetas. Astrônomos planejam realizar mais medições para desvendar sua composição interna e, com a ajuda de instrumentos avançados como o Telescópio Espacial James Webb (JWST), caracterizar sua atmosfera.

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