Criada na década de 90 em um pequeno estande na Babilônia Feira Hype, no Rio de Janeiro, com inspiração nos anseios da juventude da Zona Sul carioca, a Farm alçou voos estratosféricos: dentro de seu projeto de expansão global, já são quase 150 lojas, espalhadas por sete países, em pontos estratégicos como Nova York, Paris Londres e Dubai.
Hoje, a divisão internacional da empresa, a Farm Global, já representa quase 60% do resultado de vendas.
“A gente está falando de uma marca que tem quase 30 anos no Brasil, enquanto a Farm internacional tem 5”, destacou o CEO da Farm Global, Fábio Barreto, durante fala na conferência MBA Brasil, em Boston, neste sábado, 8. “O Brasil é uma baita marca. As pessoas estão loucas por mais do Brasil no mundo. A criatividade do Brasil é incrível, é preciso exportar isso”.
A jornada internacional começou a engatinhar em 2014 com uma colaboração com a Adidas, a primeira vez que a marca mostrou suas estampas — sua grande identidade — fora do país. Segundo Barreto, o projeto foi pensando e 100% dedicado ao mercado internacional.
“Tudo na Farm Global é pensada para esse mercado. A coleção é diferente, o produto é diferente, a supply chain é diferente, a plataforma de e-commerce é diferente”, ressaltou. “A gente repensou toda a empresa, exportando a criatividade e o DNA da marca, mas entendendo o que ela precisaria ter para crescer e ser financeiramente viável”.
Barreto participou da quarta edição da conferência MBA Brasil, que neste ano foi sediada no Massachusetts Institute of Technology (MIT). O evento reuniu cerca de 300 jovens profissionais do Brasil que atualmente cursam MBA em instituições americanas, fazendo ponte com empresas e negócios.
Entre os palestrantes também estão nomes como Luiza Trajano, ex-presidente do conselho da Magazine Luiza; Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda e ex-diretor do Banco Mundial; Bruno Lasansky, CEO da Localiza&CO; Roberto Padovani, economista-chefe do Banco Votorantim; e Nelson Queiroz Tanure, chairman da PRIO.
“Um dos nossos objetivos é conectar os alunos com oportunidades de gerar impacto no Brasil. O que acontece é que muitos fazem MBA e ficam por aqui. Há uma clara evasão de talento que a gente tenta solucionar e que, em última instância, pode gerar mais desenvolvimento socioeconômico no Brasil”, explica Gabriela Barbosa, copresidente da MBA Brasil.