Investidores começam a quarta-feira ainda celebrando os dados mais fracos de inflação nos Estados Unidos, notícia que empurrou para 96% as chances de que o Fed corte juros na próxima reunião, que ocorre em setembro. Parece impressionante, mas um dia antes a aposta já estava em 94%.
Trata-se, então, de uma comemoração de que o ciclo será mais pronunciado. A ferramenta FedWatch, da CME, mostra que o mercado financeiro espera cortes nas três reuniões que ainda ocorrerão neste ano, baixando os juros americanos para a faixa de 3,50% a 3,75%. Atualmente, a “Selic” americana oscila na banda entre 4,25% e 4,50%.
Ajuda na ideia de que os preços vão se acomodar, apesar do potencial aumento causado pela guerra comercial, a baixa no petróleo. O barril do tipo brent voltou a ser negociado na faixa de 65 dólares, patamar registrado pela última vez em maio. Há um excesso de oferta no mercado, ante sinais de desaceleração da economia global. E o encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin tem o potencial de reabrir o mercado mundial para o óleo russo.
Os futuros das bolsas americanas avançam nesta manhã, mesma direção dos principais índices europeus. O EWZ, que representa as ações brasileiras, opera perto da estabilidade.
No Brasil, o IBGE divulga as vendas do varejo de junho, indicador que pode mostrar um enfraquecimento da economia ante a Selic de 15% e um aperto no mercado de crédito. Outro destaque da agenda é a divulgação do pacote de socorro do governo a empresas afetadas pelo tarifaço americano.