VEJA Mercado | 19 de setembro de 2025.
A Argentina voltou a mergulhar numa grave crise econômica nos últimos meses. Depois de uma série de cortes de gastos, de uma diminuição na inflação e de um crescimento econômico expressivo, o país presidido por Javier Milei vê as suas conquistas recentes sob risco. O PIB se estagnou e economistas de bancos como o BTG Pactual e o J.P Morgan alertam para um risco de recessão técnica ainda em 2025. O peso argentino é a moeda de pior performance em relação ao dólar em todo o mundo e já acumula perdas superiores a 30% este ano, segundo a consultoria Ellos Ayta.
O Banco Central da Argentina interveio na cotação local do dólar pela primeira vez desde a adoção do regime cambial flutuante, em abril, e vendeu 53 milhões de dólares para conter a escalada da moeda americana no país. O resultado disso tudo é uma insatisfação cada vez maior da população com as políticas de Javier Milei. Uma pesquisa da AtlasIntel revelou que a desaprovação do governo bateu recorde em setembro ao atingir 53,7% das pessoas. Em reação, o governo argentino promete aumentar os investimentos em saúde, educação e aposentadorias.
No Brasil, o Ibovespa e o dólar comercial estagnaram depois da euforia em razão das sinalizações robustas de cortes de juros nos Estados Unidos. Lula e Donald Trump devem se encontrar na cúpula da ONU no início da próxima semana, período que coincide com a promessa da Casa Branca de aplicar novas sanções ao Brasil por causa da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Diego Gimenes recebe Pedro Gil, editor do Radar Econômico. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube e nas redes sociais, a partir das 10h.
Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado: