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Arábia Saudita ataca porto no Iêmen e acusa Emirados Árabes de apoiar separatistas

A Arábia Saudita acusou nesta terça-feira, 30, os Emirados Árabes Unidos de enviar dois navios carregados com armas e veículos de combate a forças separatistas no Iêmen. Em resposta, o Conselho de Liderança Presidencial (PLC) do Iêmen, apoiado pelos sauditas, teria liderado uma “operação militar limitada” no porto de Mukalla em combate às ações “altamente perigosas” dos emiradenses. Riad também apoiou uma ordem do governo iemenita para que Abu Dhabi retire as suas forças do país em 24 horas, em nova escalada das tensões.

“A tripulação dos navios desativou os dispositivos de rastreamento a bordo e descarregou uma grande quantidade de armas e veículos de combate em apoio às forças do Conselho de Transição do Sul (grupo separatista)“, afirmou um comunicado militar divulgado na emissora estatal saudita.

“Considerando que as armas mencionadas constituem uma ameaça iminente e uma escalada que ameaça a paz e a estabilidade, a Força Aérea da Coalizão realizou, nesta manhã, um ataque aéreo limitado que teve como alvo armas e veículos militares descarregados dos dois navios em Mukalla”, acrescentou. A coalização faz referência ao Conselho de Liderança Presidencial (PLC) do Iêmen, apoiado pela Arábia Saudita.

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Resposta dos Emirados

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita salientou “que qualquer ameaça à sua segurança nacional é uma linha vermelha, e o Reino não hesitará em tomar todas as medidas necessárias para confrontar e neutralizar qualquer ameaça desse tipo”. Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos são membros proeminentes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o que significa que a deterioração das relações entre os dois poderia impactar decisões de produção de petróleo a nível global.

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Abu Dhabi, por sua vez, negou as acusações. O Ministério das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos destacou, em comunicado, que “rejeita categoricamente qualquer tentativa de envolvê-lo nas tensões entre as partes iemenitas e condena as alegações de pressionar ou orientar qualquer parte iemenita a realizar operações militares que ameacem a segurança do Reino irmão da Arábia Saudita ou que tenham como alvo suas fronteiras”.

No início deste mês, o Conselho de Transição do Sul (STC), apoiado pelos emiradenses, lançou uma ofensiva para avançar no controle de províncias estratégias no Iêmen. A operação não foi bem recebida pelos sauditas, que alegam que as ações do STC acabam por enfraquecer a luta contra os rebeldes hutis, impulsionados pelo Irã, no norte. Grupos aliados ao Conselho reivindicaram, ao todo, oito governos e renovaram os apelos separatistas para o sul do Iêmen.

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