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Apostando no legado britânico, MG Motor desembarca no Brasil

Uma nova marca está fazendo sua estreia no mercado automotivo brasileiro – a terceira em apenas duas semanas. Trata-se da britânica MG, de Morris Garages, empresa centenária fundada em 1924 que ficou conhecida por seus modelos de vocação esportiva. Desde 2007 faz parte do grupo chinês Saic Motor, que agora está relançando a MG no Brasil. Ela já esteve no nosso mercado entre 2011 e 2013, por meio de importadores, mas agora marca presença de forma mais sólida. 

A Saic é a maior entre as quatro grandes companhias automotivas controladas pelo Estado chinês, à frente de FAW Group, Dongfeng Motor Corporation e Changan Automobile. Na mais recente lista da Fortune Global, que lista as maiores empresas do mundo, aparece na 138ª posição. De acordo com Frederico Geraldino, diretor de desenvolvimento de rede da MG Motor no Brasil, a empresa “veio para ficar”. “Acreditamos no potencial do Brasil e queremos inovar”, afirmou.

MG T-Type, roadster produzido pela MG entre 1936 e 1955. Exibido no lançamento, reforça conexão com o legado britânico
MG T-Type, roadster produzido pela MG entre 1936 e 1955. Exibido no lançamento, reforça conexão com o legado britânicoAndré Sollitto/VEJA

Serão três modelos no portfólio inicial da marca. O principal produto é o Cyberster, roadster (conversível esportivo de dois lugares) totalmente elétrico com 510 cv de potência que acelera de 0 a 100 km/h em apenas 3,2 segundos. Com visual que remete aos esportivos clássicos da MG, o Cyberster tem ainda portas com abertura em tesoura que chamam ainda mais a atenção. Tem autonomia de 342 quilômetros, de acordo com o Inmetro, e custará R$ 449.800.

Já o MG 4 XPower é um hatch médio com pegada urbana e esportiva. Sob o capô têm um motor elétrico de 435 cv e torque de 600 Nm, além de tração integral e suspensão calibrada com foco na esportividade. Apesar da autonomia menor, de 279 quilômetros, de acordo com o Inmetro, permite carregamento rápido, alcançando de 30% a 80% em apenas 22 minutos. O hatchback virá em modelo único, fazendo a estreia global da versão 2025/2026 no Brasil, e custará R$ 224.800 no lançamento.

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Por fim, o terceiro modelo apresentado é o MGS5, SUV mais familiar com motor de 305 cv e tração traseira, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 6,3 segundos e autonomia de 351 quilômetros no padrão Inmetro. Custará R$ 219.800 no lançamento.

Os três são equipados com o MG Pilot, um pacote de segurança ativa ADAS que inclui recursos avançados de assistência ao motorista, como Controle de Cruzeiro Adaptativo,Alerta de Tráfego Cruzado Traseiro, Assistente de Permanência em Faixa e Frenagem Automática de Emergência. Até o final de novembro, além do preço reduzido, os carros serão vendidos com um carregador do tipo wallbox para instalação em casa.

A escolha do Cyberster e do MG 4 XPower, ambos de vocação mais esportiva, reforçam a estratégia da MG de conectar a nova fase da fabricante com o legado britânico de corridas e roadsters. É um elemento que vem sendo reforçado na comunicação, ligando a nova era da mobilidade elétrica com a herança das corridas.

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A empresa terá 24 concessionárias até o final de 2025, no Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Em 2026, o grupo quer expandir sua atuação para todas as regiões e fechar o ano com 70 concessionárias. Os três modelos têm garantia de 7 anos para o carro e 8 anos para a bateria. Segundo a MG, as lojas terão um estoque de peças para garantir os reparos.

André Sollitto
Jokef Kaban, criador do Bugatti Veyron, é o VP de design da Saic MotorAndré Sollitto/VEJA

O evento de lançamento, realizado na noite de terça-feira, 11, teve participação de Jozef Kaban, designer que ficou conhecido por assinar o visual do Bugatti Veyron e de outros modelos, como o Volkswagen Lupo, o Škoda Octavia e o SEAT Arosa. Passou por Volkswagen, Audi, BMW e Rolls-Royce e desde 2024 é VP Global de Design da Saic. Em seu discurso, falou da importância do design (“eu dediquei minha vida a ele”) e afirmou que sua visão é equilibrar “emoção e racionalidade” e “reforçar a conexão com o legado” da MG.

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