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Após roubo, governo francês se contradiz e garante que segurança do Louvre funcionou

O Louvre, em Paris, foi alvo de um assalto relâmpago no último domingo 19, quando ladrões levaram históricas joias da coroa francesa contidas na Galeria Apollo em uma ação que durou menos de dez minutos. Apesar do episódio insólito, o governo francês assegurou nesta terça-feira, 21, que o sistema de segurança do museu “funcionou corretamente”, contradizendo uma versão anterior em que admitia falha.

A ministra da Cultura, Rachida Dati, declarou que “o aparato de segurança do Louvre não falhou” e classificou o episódio como “uma ferida para todos nós”. Em discurso na Assembleia Nacional, ela ressaltou que o museu é “mais do que o maior do mundo, mas um símbolo do patrimônio francês”.

De acordo com o ministro do Interior, Laurent Nuñez, o alarme disparou assim que uma janela da Galeria Apollo foi arrombada, e agentes chegaram ao local em poucos minutos. “Há câmeras por todo o Louvre”, afirmou, sem confirmar se a ação foi registrada pelos equipamentos. Estima-se que o crime tenha durado menos de oito minutos, sendo menos de quatro dentro do museu.

Na véspera, o ministro da Justiça, Gérald Darmanin, que classificou o episódio como “uma humilhação nacional”, havia dado uma versão diferença. “O certo é que falhamos”, admitiu, prometendo a captura dos responsáveis.

O roubo

O roubo ocorreu por volta das 9h30 (4h30 em Brasília), cerca de meia hora após a abertura ao público. Os criminosos invadiram o andar superior, quebraram vitrines e fugiram em plena luz do dia. O Ministério da Cultura abriu um inquérito administrativo para apurar falhas no sistema, enquanto a polícia investiga a rota de fuga. Turistas foram retirados às pressas das galerias, e vídeos publicados nas redes sociais mostraram a confusão provocada pelo fechamento repentino do prédio.

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Entre as peças levadas estavam joias pertencentes à imperatriz Maria Luísa, esposa de Napoleão Bonaparte, à rainha Hortênsia da Holanda e à última rainha da França, Maria Amélia. O acervo incluía um colar, um par de brincos, um conjunto de colar e brincos e um broche, descritos pelo Ministério do Interior como “de valor inestimável”. A coroa da imperatriz Eugênia, adornada com esmeraldas e 1.300 diamantes, foi recuperada nas imediações do museu, com alguns danos visíveis.

O caso provocou forte repercussão na França e no exterior, reacendendo o debate sobre a proteção do patrimônio nacional. O prefeito do centro de Paris chegou a comparar o crime à ficção, evocando o lendário ladrão Arsène Lupin.

O roubo expôs fragilidades na segurança do museu mais visitado da França, que recebe 8,7 milhões de visitantes por ano. O episódio soma-se a outros recentes: pepitas de ouro foram furtadas do Museu Nacional de História Natural, em Paris, e porcelanas chinesas avaliadas em milhões de euros desapareceram de um museu em Limoges.

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