Laudos técnicos encaminhados pela Polícia Federal ao STF nesta quarta-feira confirmam que o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou romper sua tornozeleira eletrônica no período em que cumpriu prisão domiciliar.
Nos documentos, os peritos informaram ao Supremo que o equipamento apresentava “danos significativos na junção da capa plástica polimérica”.
Os danos, segundo a PF, teriam sido causados por uma “fonte de calor concentrado com ferro em sua composição”.
“Testes realizados com ferro de solda na superfície do material questionado exibiram aspectos compatíveis com os danos verificados”, diz trecho do laudo técnico.
Em decisão nesta quarta, o ministro Alexandre de Moraes deu cinco dias para que a PGR se manifeste sobre o resultado dos laudos.
Retrospectiva
No dia 22 de novembro, Jair Bolsonaro foi preso preventivamente depois que o Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal alertou o STF sobre a ocorrência de “violação do equipamento de monitoramento eletrônico” usado pelo ex-presidente.
Na ocasião, Bolsonaro admitiu ter tentado violar o equipamento, alegando estar sob “paranóia” causado pelo uso de remédios, condição que o levou a usar um ferro de solda para romper a tornozeleira.
