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Após dois anos de guerra, líderes mundiais apelam ao Hamas por libertação dos reféns

Apelos de líderes internacionais pela libertação dos reféns mantidos em Gaza marcaram os dois anos dos ataques do Hamas nesta terça-feira, 7. Acredita-se que apenas 20 dos 48 sequestrados ainda estejam vivos. Em paralelo, mais de 67 mil palestinos foram mortos — entre eles, 453 por fome, incluindo 150 crianças — e 169.600 ficaram feridos, mostram dados do Ministério da Saúde de Gaza.

Mais cedo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que “dois anos se passaram desde o ataque de 7 de outubro — o massacre horrível de nossos irmãos e irmãs, moradores do Negev Ocidental e participantes da festa Nova”, acrescentando: ” Pagamos um preço muito doloroso. Bebês, crianças e idosos foram brutal e horrivelmente assassinados por terroristas do Hamas. 251 homens e mulheres foram sequestrados nos túneis de terror da Faixa de Gaza”.

“Minha esposa e eu inclinamos nossas cabeças em memória de nossos caídos e assassinados, cuja imagem ficará gravada em nossos corações para sempre. Abraçamos as famílias enlutadas com amor, desejamos plena recuperação aos feridos, física e mentalmente, e estamos agindo de todas as maneiras possíveis para trazer de volta todos os reféns, os vivos e os caídos. Nossos inimigos sanguinários nos atingiram duramente, mas não nos quebraram. Eles descobriram muito rapidamente o enorme poder do povo de Israel”, continuou ele.

O papa Leão XIV disse que foram “dois anos muito dolorosos” e que é preciso “reduzir o ódio e redescobrir a capacidade de diálogo, de buscar soluções pacíficas”. Por sua vez, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, definiu o ataque do Hamas como “abominável” e instou que não se esqueçam daqueles que “foram mortos e sofreram violência horrível”, acrescentando: “Eu disse isso repetidamente, e estou repetindo hoje com ainda mais urgência: libertem os reféns, incondicionalmente e imediatamente.”

O presidente da França, Emmanuel Macron, demonstrou solidariedade e afirmou que “dois anos após o horror indizível do terrorismo do Hamas, a dor permanece viva” e fez coro ao apelo: “A libertação de todos os reféns e um cessar-fogo devem ocorrer sem demora”. Já o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, frisou que os ataques “terroristas” foram “horríveis” e relembrou que se trata do “pior ataque ao povo judeu desde o Holocausto”.

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“Nossa prioridade no Oriente Médio continua a mesma: libertar os reféns, aumentar a ajuda para Gaza e (firmar) um cessar-fogo que possa levar a uma paz duradoura e justa como um passo em direção a uma solução de dois Estados. Um Israel seguro, ao lado de um Estado palestino viável”, declarou Starmer.

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, apontou que “dois anos se passaram dede a ignomínia do massacre realizado pelos terroristas do Hamas contra milhares de civis israelenses indefesos e inocentes, incluindo mulheres e crianças”, mas que “a resposta militar de Israel ultrapassou qualquer princípio da proporcionalidade, ceifando muitas vidas inocentes entre a população civil de Gaza”. Ela também defendeu o plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prevê a libertação total dos reféns e disse que é dever de todos garantir que a proposta seja “bem sucedida”. Os elogios também foram compartilhados pelas famílias dos sequestrados.

“Há dois anos, em 7 de outubro de 2023, nossas vidas mudaram para sempre. Terroristas invadiram nossas comunidades, festas e bases, assassinando, estuprando, ferindo e sequestrando centenas de pessoas inocentes. 48 de nossos entes queridos ainda estão lá, mantidos em cativeiro. Para nós, e para o povo de Israel que tem ido às ruas semana após semana por dois anos, cada uma dessas 48 almas é um mundo em si. Cada uma delas precisa voltar para casa”, disse o comunicado do Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos de Israel.

“Os vivos precisam de reabilitação, e os falecidos merecem sepultamento em sua terra natal. Somos profundamente gratos ao presidente Trump por sua dedicação e liderança inabaláveis. Seu acordo nos dá nova esperança de que este pesadelo possa finalmente acabar e que nossos entes queridos voltarão para casa”, continuou. “Depois de dois anos, o primeiro-ministro Netanyahu tem agora a oportunidade de pôr fim a este pesadelo. Este é o momento de chegar a um acordo que encerrará a guerra mais longa de nossa história e trará de volta para casa todos os 48 reféns.”

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