O caso Banco Master segue repercutindo — e não apenas pela prisão do controlador Daniel Vorcaro. Para Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, o episódio é um ponto fora da curva no sistema financeiro, mas grave o suficiente para exigir ação rápida. “É caso de polícia, não de sistema”, disse no Programa Mercado, destacando que o Brasil continua com um setor financeiro robusto e confiável. Ainda assim, os próximos dias serão decisivos para garantir ressarcimentos e reorganizar os escombros jurídicos e contábeis deixados por uma fraude bilionária.
Agostini confirmou que o incômodo dos grandes bancos não era de hoje. O desconforto agora ganha argumento: o FGC tem cerca de 120 bilhões de reais em caixa, e quase um terço disso será usado para salvar investidores do Master. Para o economista, é inevitável que o setor pressione por mudanças no mecanismo. Em bom português: não existe almoço grátis, e CDB pagando juro demais costuma vir com bomba-relógio acoplada.