Assim como fez com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e auxiliares do Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Hugo Motta, também adotou um antídoto contra um novo pé de guerra entre Legislativo e Judiciário, em função da decisão de colocar em votação a urgência do PL da Anistia.
Horas antes da aprovação do requerimento, o chefe da Câmara procurou ministros do STF para evitar que a votação fosse interpretada como uma provocação a falas de magistrados, principalmente de Flávio Dino, durante o julgamento de Jair Bolsonaro na Primeira Turma da corte.
Na ocasião, Dino disse que o PL da anistia seria declarado inconstitucional se avançasse no Congresso.
Para não ter nenhuma dor de cabeça futura, Motta acionou ministros e disse que não havia definição de texto e que apenas o requerimento para acelerar a tramitação seria apreciado.
Pontuou ainda que não via ambiente para a aprovação de uma anistia ampla e que nada seria construído sem um entendimento com o STF.
