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Análise: resultado do PIB e inflação atual mostram qual o caminho para investir com segurança

Não havendo surpresa no próximo dia 10, quando o IBGE divulga o IPCA cheio de agosto, os dois principais dados da economia balizadores da Selic (inflação e PIB) indicam que a taxa básica de juros fica em 15% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O próximo encontro do colegiado do Banco Central ocorre entre os dias 16 e 17 deste mês. E essa notícia significa uma coisa para o investidor: ficar na renda fixa (ainda) é o melhor a se fazer no momento.

Não é segredo para ninguém que a taxa de juros a 15% ao ano desestimula qualquer necessidade de correr riscos maiores, como enveredar pela renda variável. A taxa de juros alta garante bons retornos. E ponto. Assim, embora o Ibovespa tenha se recuperado bem em agosto – valorização de 6,28% no mês -, os títulos de renda fixa continuam sendo o porto seguro para o investidor.

Investidor já entendeu o contexto

O investidor de menor porte – no caso, eu e você – parece já ter entendido. De dezembro de 2024 a junho deste ano, o crescimento deste tipo de investimento cresceu 7% – passou de 4,3 trilhões de reais para 4,6 trilhões de reais. Isso segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). Houve também crescimento dos valores investidos em CRIs, das LCAs e das LCIs.

É claro que os especialistas do mercado, com razão, advogam que a diversificação é sempre o melhor caminho. Ou posto em palavras mais claras: não se deve colocar os ovos na mesma cesta. Isso se comprova pela análise da relação preço-lucro do Ibovespa. É de 8,6 vezes quando se colocam na conta os papeis de Vale e Petrobras. Nos últimos cinco anos, essa relação estava em torno de onze vezes. Aqui, fique sempre com a análise de Marília Fontes, sócia da gestora de recursos financeiros Nord Investimento. “A renda fixa é um excelente investimento? Sim. Mas ela é melhor que a bolsa? Na minha visão, não”.

O problema da bolsa de valores é o que está por vir.

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A aproximação do novo ciclo eleitoral indica um futuro de volatilidade O sobe e desce do Ibovespa deve aumentar à medida que o panorama eleitoral ganhe novos capítulos. No longo prazo, vai compensar estar na bolsa de valores como sempre, mas a pergunta que o investidor deve se fazer é uma só: você aguenta o tranco do dia-a-dia?

arte renda fixa

O PIB e a Selic

A divulgação nesta terça-feira do PIB indicou desaceleração da economia. O Produto Interno Bruto avançou apenas 0,4%. A política monetária, então, surte o efeito desejado pelo Banco Central. Menos atividade, menos pressão inflacionária. O problema é que a inflação oficial ainda não converge para o teto da meta, hoje está em 4,86% no horizonte de 12 meses. É a diferença entre este, o dado real, e o teto da meta – 4,5% – que impede uma mudança de rumo pelo Copom em setembro.

Dado o PIB e a inflação atuais, e analisando os dois índices conjuntamente, o mais certo é que tudo fique como está. A Selic começa a cair só no ano que vem.

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