Dias após Jair Bolsonaro ser condenado pelo STF na ação penal da trama golpista, Jair Bolsonaro já estaria sofrendo os primeiros sinais de um possível futuro abandono de políticos que sempre estiveram em sua órbita. Essa é a avaliação de aliados de primeira hora do ex-presidente.
Dois nomes caíram na rede de desconfiança dos bolsonaristas após episódios recentes: o do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
No fim de semana, Valdemar afirmou que houve um planejamento de golpe e que pontuou que, se a Corte decidiu condenar Bolsonaro, é preciso respeitar.
A posição surpreendeu o clã bolsonarista, que viu como uma disposição do dirigente do PL de rifar Bolsonaro.
Reconhecem, porém, que essa postura esperada de outros nomes, já que, com a condenação, a prisão está cada vez mais próxima e o ex-presidente terá sua capacidade de articulação praticamente enterrada.
Diante da repercussão da fala do fim de semana, Valdemar recuou e disse nunca ter havido planejamento de golpe.
Já a decisão de Tarcísio de cancelar a vinda a Brasília para ajudar na articulação pelo PL da Anistia foi vista como uma tentativa dele, que é o potencial candidato à presidência no lugar de Bolsonaro, de se descolar do padrinho político.
