counter Alexandre Frota critica Lula e revela de qual novela foi vetado na Globo – Forsething

Alexandre Frota critica Lula e revela de qual novela foi vetado na Globo

De dentro do carro, de saída do Ministério Público do Estado de São Paulo, ao saber que foi arquivada a denúncia de abuso de autoridade contra sua conduta como vereador de Cotia (SP), Alexandre Frota (PDT), 61 anos, deu entrevista ao programa semanal da coluna GENTE (disponível no canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+ e também na versão podcast no Spotify). A decisão, assinada pela promotora Lúcia Nunes Bromerchenkel, concluiu que não há indícios de omissão ou prejuízo ao erário que justifiquem a continuidade da investigação. O processo movido pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) pedia apuração se houve irregularidade na sua atuação durante fiscalização em uma UPA, em abril. Além da questão política, Frota falou sobre sua relação com os três filhos, a comentada volta à TV Globo a convite de Luciano Huck para uma participação no Domingão, suas motivações ao aceitar fazer filmes eróticos e sobre uma conversa que mantém com Cauã Reymond para um próximo projeto.

PROCESSO COMO VEREADOR. “Quando se está trabalhando, fiscalizando, em função de dar melhores condições ao povo e aí começa a sofrer retaliações, processos, acho que é censura, uma forma de tentar me calar. Mas tive esse entendimento de poder me encontrar com a presidência do Cremesp e a diretoria jurídica, para trabalhar em conjunto, um fato inédito. O Cremesp defendendo e investigando os médicos e eu continuando a fazer trabalho como vereador, em cima do artigo 31 da Constituição, que me dá o direito de fiscalizar equipamentos públicos”.

DO PL AO PDT. “Hoje sou de centro-esquerda, comecei do outro lado lá, nem na direita, era na extrema-direita e isso não é nem um pouco sadio. Tive amadurecimento como homem, como político. Presenciei que as coisas não eram o que queria, os caminhos não eram o que queria percorrer. E hoje estou no PDT, trabalhando de maneira responsável, sem questão desta divisão, dessa polarização, que isso para mim foi totalmente tóxico, não foi bom, saí muito ferido naquela época. Em relação ao trabalho de vereador e deputado, te falo que é muito mais difícil ser vereador do que deputado federal. Porque o vereador sai da padaria, o cara segura o seu braço e fala: ‘meu filho está ali no carro, precisando de atendimento, de remédio’”.

CRÍTICAS A LULA. “O governo Lula tem alguns problemas que deveriam ter sido corrigidos. Por muitos momentos, Lula não saiu do palanque. Acho nociva e tóxica essa discussão que ainda continua por parte da direita, por parte da extrema-esquerda, se digladiando. Se prometeu muita coisa, as coisas não andaram como deveriam. É difícil colocar o governo Lula no trilho, ele tem pecado em alguns pontos, interferências de pessoas de fora, querendo opinar sem fazerem parte do governo, isso preocupa bastante”.

RELAÇÃO COM FILHOS. “Hoje tenho certeza que sou um grande pai para Bela e Enzo (com a influenciadora fitness Fabiana Frota). Divido com eles, participo, educo, busco mostrar a vida para eles. Bela, com seis aninhos, e Enzo, com 18 anos, duas faixas etárias diferentes. Sou um grande pai. Consegui adotar Enzo e colocar meu nome no sobrenome dele, pedi autorização ao pai biológico. Não tive oportunidade de me dedicar ao Mayã (filho mais velho do ator com Samantha Lima Gondim, com quem manteve relacionamento em 1998. Aos 27 anos, ele atua como estrategista digital e mora na Alemanha). Quando me tornei deputado federal, Mayã não aceitou, deu uma declaração bem pesada, dizendo que eu era um ex-viciado. Acho que ele deveria bater palma, talvez ele não entenda o quanto é grande a vitória de um ex-viciado, que conseguiu sair das drogas, que sobreviveu. Me orgulho, sou um vitorioso”.

Continua após a publicidade

FILHO DISTANTE. “Ele próprio procurou esse distanciamento, em um momento, inclusive, que estava celebrando minha entrada na política, achei que ele estivesse curtindo, e não. Ele foi duro nas críticas. Vejo que ele não se preocupa com o pai. Ele não quer (por perto) um cara que foi ex-viciado, que fez filmes adultos e que se tornou deputado federal. Ele escolheu esse caminho. Ele mora na Alemanha e eu no Brasil, e está tudo certo”.

FILMES ADULTOS. “Achei um jeito de poder sobreviver, de ganhar dinheiro, e ainda fazer algo que realmente gosto muito, que é o sexo. Na carta que escrevi para o Luciano (lida no Domingão), naquele momento, falar sobre essa questão do sexo (não fazia sentido). Mas em um podcast totalmente sem filtro, sem corte, acrescentei essa situação”.

TESTE DE SOFÁ. “Não sei se por causa do meu jeito, não passei absolutamente por nada em relação a isso na TV. Já ouvi falar muito em teste do sofá, mas nunca passei por uma situação dessa. Mas, obviamente, me sentia desejado por muitos e por muitas, mas eram em épocas diferentes. Hoje é assédio o que antigamente era desejo”.

Continua após a publicidade

INIMIGOS NA GLOBO. “Não tenho muitos inimigos, quem não gostava de mim lá dentro era o Ricardo Waddington e o Daniel Filho. O resto… eu transitei com grandes diretores: Jayme Monjardim, Roberto Thalma, Paulo Ubiratan e tantos outros. Nunca tive nenhum problema. Não sai da Globo demitido, meu contrato encerrou e simplesmente não renovaram”. (…) Ricardo Waddington… Eu ia fazer o Raí na novela Quatro por Quatro, já estava escalado, já estava com os dez capítulos nas mãos, lendo… Ricardo assumiu a novela, me tirou e colocou o Marcelo Novaes para fazer par com a Letícia Spiller, o Raí e a Babalu. Marcelo é meu amigo, fez muito bem, eu teria feito muito bem também.

REGINA DUARTE E CÁSSIA KIS. “Quem sou para julgar alguém, mas Regina não estava preparada, não poderia assumir aquele cargo à frente da Cultura, deu no que deu. Ela própria falou isso, não foi uma boa escolha. Cássia é mais ativista e radical. Adoro ela, a gente trabalhou juntos, Cássia passou na Globo no mesmo teste que eu. Tenho um carinho enorme pela Cássia e acho que ela pegou um viés mais radical, de ativismo, confronto, debates, críticas, portanto sofreu com retaliações e importunações. Porque hoje em dia é muito difícil se posicionar na televisão, há um preço a pagar”.

Sobre o programa semanal da coluna GENTE. Quando: vai ao ar toda segunda-feira. Onde assistir: No canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+ ou no canal VEJA GENTE no Spotify, na versão podcast.

Publicidade

About admin