Na reunião com Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB) na residência oficial da presidência do Senado, durante esta semana, Geraldo Alckmin deixou claro que está pronto para viajar a Washington assim que o governo de Donald Trump “aceitar dialogar” sobre o tarifaço contra produtos brasileiros.
No assunto do comércio bilateral, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento não coloca pré-condições para abrir negociações. Mas traça a linha na interferência estrangeira em assuntos internos. “Quer negociar comércio? Agora. Quer negociar tarifas? Agora. Quer discutir política interna brasileira? Inegociável”, disse Alckmin aos parlamentares.
Além dos presidentes das Casas do Congresso, estavam presentes no encontro:
- a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais);
- o senador Renan Calheiros (MDB-AL), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos;
- o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores;
- o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA);
- o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP);
- o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE);
- o líder do PDT no Senado, Weverton Rocha (MA);
- e o senador Fernando Farias (MDB-AL).
Quem ouviu a apresentação de Alckmin constatou que o vice de Lula está “empoderado” para ser o principal porta-voz e negociador do governo federal sobre as tarifas americanas – e gostou do ex-governador nesse papel.
“É calmo, não grita e tem os dados na ponta da língua”, comenta um dos senadores presentes na residência oficial na quarta-feira.