Caminhões com mantimentos começaram a entrar neste domingo, 12, na Faixa de Gaza para ajuda humanitária ao povo palestino diante do cessar-fogo após dois anos de guerra entre o Hamas e o governo de Israel. A expectativa na região é que a partir desta segunda-feira, 13, reféns israelenses sejam libertados pelos terroristas, o que motivou a entrada de dezenas de carregamentos com alimentos na área.
Desde o cessar-fogo, anunciado na quinta-feira, 9, palestinos começaram a voltar para suas casas. Segundo estimativas oficiais, durante o conflito armado, cerca de 90% dos moradores da região precisaram se deslocar em uma tentativa de sobrevivência. De acordo com programa de combate à fome da Organização das Nações Unidas (ONU), a expectativa é atender mais de 1,5 milhão de pessoas com a chegada de mantimentos à Faixa de Gaza.
“Com acesso seguro e sustentado, podemos alcançar 1,6 milhão de pessoas em três meses com pão, farinha de trigo e cestas básicas. Mais de 100.000 pacotes de pão fresco já estão sendo distribuídos diariamente. As linhas de vida estão prontas — com mais acesso, podemos ampliar a escala e garantir que os alimentos cheguem aos mais vulneráveis”, disse uma nota publicada nas redes oficiais da ONU. Dados oficiais da ONU apontam que durante os dois anos de conflito, 58.000 mulheres grávidas ou lactantes ficaram desnutridas diante da escassez de alimentos.
Liberação de reféns pode ser antecipada em algumas horas
O governo de Israel informou neste domingo, 12, esperar a liberação de 20 reféns a partir desta segunda-feira, 13. No entanto, afirmou que se o Hamas estiver pronto, poderá antecipar em algumas horas a recepção dos cidadãos que estão sob domínio do grupo terrorista. A expectativa é de que as 20 pessoas sejam entregues à Cruz Vermelha, que fará os primeiros atendimentos médicos aos sequestrados. Na sequência, equipes de Defesa de Israel devem receber as vítimas ainda em Gaza — em área sob domínio do exército de Israel.
