Diante da possibilidade de a União Europeia postergar mais uma vez a decisão sobre assinar o acordo comercial com o Mercosul, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou que o adiamento gera preocupação no setor, mas que confia na assinatura do documento em janeiro de 2026.
Em nota recente, Ricardo Alban, presidente da entidade, disse que adiar a assinatura do acordo neste momento é motivo de frustração por conta, entre outros pontos, do longo histórico de negociações. Asseverou, contudo, que o setor espera empenho das partes envolvidas para que o processo seja concluído o quanto antes.
Apesar do adiamento, a CNI destacou que o Brasil deve seguir avançando na agenda de inserção internacional, tanto com a UE quanto com outros parceiros estratégicos.
“A celebração de acordos comerciais continua sendo um instrumento fundamental para ampliar exportações, reduzir barreiras, aumentar a previsibilidade regulatória e fortalecer a competitividade das empresas brasileiras”, diz trecho do comunicado da entidade.
A entidade considera que o acordo em negociação reflete equilíbrio entre interesses dos países dos blocos, e que permanece como uma base sólida para a conclusão do processo. Ressalta, ainda, que o acordo representa para a indústria nacional a oportunidade de expansão para o exterior, a chegada de investimentos e o fortalecimento da competitividade.
“Só em 2024, a cada 1 bilhão de reais exportado do Brasil para a UE foram criados 21.800 empregos, movimentados 441,7 milhões de reais em massa salarial e outros 3,2 bilhões em produção”, diz a CNI.
