Em meio à segunda maior onda de calor do verão europeu, a Grécia suspendeu temporariamente o acesso à Acrópole de Atenas nesta terça-feira, 8. O sítio arqueológico ficou fechado entre 13h e 17h (horário local), período em que o sol incide com mais força sobre a colina quase sem sombra onde está localizada a principal atração turística do país.
Com os termômetros marcando até 38 °C em Atenas, a suspensão das visitas teve como objetivo proteger turistas e trabalhadores durante as horas mais quentes do dia, além de preservar o próprio monumento. Segundo especialistas, o mármore da Acrópole pode sofrer danos por dilatação térmica quando exposto a temperaturas muito elevadas.
O calor intenso também impactou o funcionamento de diversas cidades gregas, como Tessalônica, a segunda maior cidade da Grécia, e regiões do Peloponeso. Em resposta à onda de calor, o Ministério do Trabalho determinou a suspensão de atividades externas entre o meio-dia e as 17h para operários da construção civil, entregadores, carteiros e trabalhadores de estaleiros.
A combinação de calor seco e ventos fortes elevou ainda mais o risco de incêndios florestais. O governo grego emitiu alertas para regiões da Ática, Creta e outras áreas consideradas vulneráveis. Na semana passada, grande parte da Europa Ocidental também foi atingida por uma onda de calor severa, que provocou a morte de oito pessoas e gerou incêndios e alertas de saúde pública em diversos países.
O verão de 2025 segue a tendência global de temperaturas recordes. Segundo a Organização Meteorológica Mundial, 2024 foi o ano mais quente já registrado, com temperaturas globais excedendo 1,5 Celsius acima da era pré-industrial pela primeira vez. Na Grécia, o calor extremo deve continuar até quarta-feira, 9.
