O Parlamento Europeu aprovou nesta terça-feira, 16, medidas mais duras para controle das importações agrícolas do Mercosul, o que atende parcialmente às críticas ao acordo entre a União Europeia (UE) e os países sul-americanos (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai).
O novo texto exige que a Comissão Europeia inicie uma investigação caso as importações de produtos agrícolas como carne bovina, aves e açúcar aumentem em 5%, em média ao longo de três anos, reduzindo o limite inicial de 10% ao ano previsto no acordo original.
Essas medidas mais severas, além de investigações mais curtas, são para garantir que os produtos do Mercosul cumpram padrões de produção da UE. A pressão de agricultores de países como a França, que já havia manifestado preocupação sobre produtos não conformes aos requisitos europeus, resultou nessas mudanças. A decisão vem após França e Itália se articularam para tentar adiar a votação do acordo. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pretendia viajar ao Brasil no sábado para assinar o tratado, mas a iniciativa depende do aval dos países-membros da União Europeia.
Os produtos que mais preocupam europeus são a carne bovina e de aves, em que o Brasil é um dos maiores produtores, e o açúcar.Esse movimento foi aprovado pela Comissão de Comércio Internacional do Parlamento Europeu e marca uma diferença em relação ao acordo inicial, já que as importações agrícolas sensíveis estão mais restritas e monitoradas.