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A vitória de Lula sobre o bolsonarismo no caso do tarifaço, segundo a Genial/Quaest

Um levantamento divulgado pela GenialQuaest nesta terça-feira, 16, mostrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT saíram fortalecidos do episódio do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em novembro, o mandatário americano retirou a sobretaxa de 40% da maioria dos produtos brasileiros — isso ocorreu após ele ter se encontrado com o presidente brasileiro.

Segundo os dados da pesquisa, 54% dos eleitores afirmaram que o petista se saiu melhor no embate das sobretaxas de importação de produtos brasileiros, enquanto apenas 24% viram o ex-presidente Jair Bolsonaro da mesma forma. Nesse mesmo recorte do levantamento, 12% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder e 10% disseram que nenhum dos dois (Lula e Bolsonaro) se saíram bem do episódio.

Quaest - Lula e o tarifaço
Quaest – Lula e o tarifaçoGenial/Quaest/Reprodução

O resultado é um duro golpe para o bolsonarismo porque o filho do ex-presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), articulou com afinco nos Estados Unidos, para onde se mudou, a imposição de sanções do governo americano ao país. O objetivo era tentar forçar o Judiciário brasileiro a livrar o pai da condenação por tentativa de golpe de estado, o que não ocorreu — Jair Bolsonaro já está preso na Polícia Federal cumprindo a pena de 27 anos de prisão após ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal.

Em outro ponto da pesquisa, a maior parte dos eleitores avaliou que o atual presidente foi importante na redução das tarifas — 43% disseram que Lula foi muito importante e 28%, que foi importante, fatia que soma 71% dos entrevistados –, enquanto somente 23% avaliam que o petista não teve importância no caso.

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Embora os números sejam mais promissores para Lula nas fatias do eleitorado que se identificam como lulistas ou de esquerda, entre a direita também há reconhecimento do seu papel. Entre os não bolsonaristas, 36% acham que Lula foi importante e 20%, que foi muito importante na negociação do tarifaço (veja gráfico abaixo).

Trecho da pesquisa divulgada pela GenialQuaest nesta terça, 16
Trecho da pesquisa divulgada pela GenialQuaest nesta terça, 16GenialQuaest/Reprodução

A sobretaxa de importação de produtos brasileiros foi imposta ao Brasil pelo governo de Donald Trump em julho e começou a valer em agosto. Ao anunciar a decisão, o presidente americano disse que a medida era uma retaliação às autoridades pela iminente condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no caso do golpe de estado. Na época, Trump chegou a dizer que o Brasil estava fazendo uma “caça às bruxas” contra os acusados da trama golpista.

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O filho do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), assumiu a autoria da costura que levou ao tarifaço, assim como anunciou que a inclusão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua esposa na lista de sancionados pela Lai Magnitsky, teve as suas digitais.

Lula primeiro reagiu de forma crítica às sanções dos EUA e o STF não cedeu à pressão internacional, não apenas condenando como também expedindo uma ordem de prisão para Bolsonaro começar a cumprir a pena de 27 anos e três meses a que foi condenado por tentar dar um golpe de estado. Em um segundo momento, Lula começou a dialogar com Trump e obteve uma redução parcial do tarifaço. Na última sexta, o governo americano também retirou Moraes da lista da Magnitsky. Além de ter fortalecido o governo Lula, Eduardo saiu isolado e enfraquecido politicamente.

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