O músico Jards Macalé, um dos principais nomes por trás do movimento Tropicália, morreu nesta segunda-feira, 17, no Rio de Janeiro, aos 82 anos. O artista estava internado em um hospital para tratar um enfisema pulmonar quando sofreu uma parada cardíaca. Nas redes sociais, a equipe do cantor lamentou a morte e celebrou sua vida, revelando assim a última música que cantou: “Jards Macalé nos deixou hoje. Chegou a acordar de uma cirurgia cantando Meu Nome é Gal [composta por Roberto e Erasmo Carlos para Gal Costa], com toda a energia e bom humor que sempre teve. Cante, cante, cante. É assim que sempre lembraremos do nosso mestre, professor e farol de liberdade. Agradecemos, desde já, o carinho, o amor e a admiração de todos. Em breve informaremos detalhes sobre o funeral.”
Nascido Jards Anet da Silva, em 3 de março de 1943, no Rio de Janeiro, Jards Macalé se estabeleceu como um dos nomes mais singulares e versáteis da música brasileira. Foi cantor, compositor, violonista, arranjador e ator. Cresceu na Tijuca, circulando entre ambientes musicais variados. Flertou com o clássico, o jazz, o samba e a MPB. Nos anos 1960 trabalhou ao lado de nomes como Torquato Neto, Gilberto Gil, Caetano Veloso, entre outros, no movimento que deu origem à futura Tropicália.
Macalé, contudo, gostava de se definir como alguém sem definição. Era o “anti-tudo”, passando por vários círculos sem se apegar a um só. Tornou-se então um gênio inclassificável da música nacional. Continuou fazendo shows até outubro. Ainda em 2025, protagonizou o documentário Macaléia, de Rejane Zilles, e lançou uma nova edição em vinil do compacto Só Morto (Burning Night), originalmente lançado em 1970. Seu disco mais recente é Mascarada (2024).
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