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A suposta morte de um estudante por tortura que comove a Coreia do Sul

O presidente da Coreia do Sul, Lee Jae Myung, pediu que o país empreendesse todo o esforço diplomático possível para proteger seus cidadãos no Camboja. A declaração, dada durante uma reunião de gabinete nesta terça-feira, 14, aconteceu após a repercussão da suposta tortura seguida de morte de um estudante universitário sul-coreano, Park Min-ho, atraído ao país no Sul Asiático por promessas de emprego.

“Proteger a vida e a segurança dos cidadãos é a maior responsabilidade do governo”, afirmou Lee.

Nos últimos meses, o número de sul-coreanos sequestrados no Camboja tem aumentado. O cenário levou o conselheiro de segurança nacional, Wi Sung-lac, a formar uma força-tarefa emergencial para repatriar rapidamente as vítimas de golpes.

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Park Min-ho, de 22 anos, teria sido uma dessas vítimas. De acordo com a família do estudante, ele viajou para o Camboja para participar de uma feira de emprego no dia 17 de julho. Uma semana depois, seus familiares foram contatados por um chantagista, que pediu um resgate de 50 milhões de wons (aproximadamente R$ 191 mil), afirmando que ele havia “causado problemas”.

Duas semanas após o contato, o corpo de Park foi encontrado nas proximidades da Montanha Bokor, uma região conhecida por ser dominada por organizações criminosas, tendo sido citada em episódios de tráfico humano. Em resposta, as autoridades cambojanas prenderam três chineses, acusados de envolvimento com o caso. Outras duas pessoas seguem foragidas.

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Segundo o ministério do interior do Camboja, o cadáver apresentava hematomas decorrentes de “tortura severa”, o que teria sido a causa da morte do jovem. A família de Park ainda não conseguiu repatriar os restos mortais, e definiu a burocracia da situação como “matá-lo duas vezes”. Seul tem mantido contato com Phnom Penh para que uma autópsia conjunta seja realizada.

De acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap, é comum que cidadãos do país cheguem ao Camboja atraídos por propostas de emprego com bons salários. No entanto, a realidade que enfrentam ao chegar lá é bem diferente: os novos trabalhadores são confinados em “fábricas golpistas”, onde têm que aplicar esquemas fraudulentos online e por chamadas de voz, em jornadas de trabalho de até 15 horas por dia. Caso se recusem, são submetidos a espancamentos e choques elétricos.

A situação chamou a atenção da comunidade internacional. Nesta terça, Estados Unidos e Reino Unido apreenderam US$ 15 bilhões (aproximadamente R$ 82 bilhões de reais) em bitcoins e congelaram propriedades pertencentes a empresários que supostamente comandam o esquema criminoso cambojano. Seis pessoas foram afetadas pelas sanções, incluindo dois empresários chineses.

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