O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela emitiu uma nota de repúdio na tarde deste sábado, 29, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que o espaço aéreo do país latino-americano deveria ser considerado “totalmente fechado”.
“A Venezuela denuncia e condena a ameaça colonialista que pretende afetar a soberania de seu espaço aéreo”, diz o comunicado publicado pelo ministro Yván Gil Pinto no Telegram, que considerou a fala do norte-americano é um ato “hostil, unilateral e arbitrário, incompatível com os princípios mais básicos da lei internacional”. A nota diz ainda que, com essa declaração, ficam suspensos os voos de repatriação de migrantes venezuelanos, que vinham acontecendo semanalmente. De acordo com o governo venezuelano, quase 14 mil cidadãos já haviam retornado para o país.
Mais cedo, Trump publicou uma mensagem em sua rede social, a Truth Social, em que orienta “companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e de pessoas” a evitarem voar sobre e ao redor da Venezuela, sem mais detalhes. A fala acendeu o alerta para possíveis operações militares norte-americanas no país.
Este é mais um capítulo da escalada da tensão entre os governos de Caracas e Washington –nos últimos meses, as forças norte-americanas atacaram 20 embarcações no mar do Caribe e no Pacífico que supostamente fariam parte de um esquema de tráfico de drogas, deixando mais de 80 mortos.
