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A reação do governo brasileiro ao primeiro revés da COP30

A decisão do Reino Unido de não aderir ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), noticiada na manhã desta quinta-feira pelo jonal britânico The Guardian, pegou o governo brasileiro de surpresa.

Duas fontes diretamente envolvidas nas negociações ouvidas por VEJA confidenciaram que não esperavam essa decisão antes da COP30, a Conferência do Clima da ONU, começar na segunda-feira, 10. Ao Guardian, integrantes da administração britânica disseram que não pretendem contribuir com o fundo nesse momento, mas que podem fazer aportes no futuro. A decisão está ligada às restrições orçamentárias do Reino Unido.

Os representantes do governo brasileiro minimizaram o impacto, já que nenhum anúncio oficial foi feito até agora por Downing Street, mas reconhecem que o anúncio pode complicar as negociações. De qualquer forma, conta um integrante do Ministério do Meio Ambiente, o Reino Unido nunca se comprometeu muito com a agenda de financiamento dos países pobres.

A expectativa é que o presidente Lula possa reverter, ou ao menos minimizar, o impacto da postura britânica no almoço que terá com chefes de Estado e na reunião bilateral com o primeiro-ministro Keir Starmer e o príncipe William. A avaliação até o fim da COP é que o compromisso com a criação do fundo seja, ao menos, assinada. “Ninguém vai assinar o cheque, mas podem assinar o contrato”, disse um representante do Brasil,

O Reino Unido participou ativamente da criação do TFFF, na condição de país financiador, ao lado de França, Noruega, Emirados Árabes Unidos e Alemanha. O fundo pretende arrecadar 25 bilhões de dólares e, multiplicar o valor em até 5 vezes, negociando títulos no mercado financeiro.

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