A expansão dos painéis solares em telhados residenciais, símbolo da transição energética, virou foco de disputa em Brasília. O governo diz que o modelo traz distorções no sistema, ao permitir que consumidores produzam energia e usem a rede pública como “bateria virtual”, sem pagar integralmente pelos custos. Segundo a ANEEL, os subsídios à micro e minigeração vão custar 5,4 bilhões de reais em 2025 — mais que o dobro do valor destinado à Tarifa Social de Energia. Estudo da UFRJ mostra que 67% dos sistemas estão em lares ricos, e só 3% entre os mais pobres.
A Medida Provisória 1304/2025, relatada pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), propõe que quem gera energia também pague pelo uso da rede.
O setor de geração distribuída acusa o governo de querer onerar os consumidores.