O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse neste sábado que a decisão dos Estados Unidos de reduzir as tarifas para carne, café e outros produtos brasileiros foi “positiva” e mostra que as negociações “estão na direção correta”.
O presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu retirar a tarifa básica de 10% sobre as importações americanas de produtos brasileiros, o que trouxe ânimo para alguns dos setores mais afetados pela medida, incluindo carne, mas não animou os exportadores de café, já que países concorrentes do setor também tiveram redução.
A retirada da tarifa básica representa um alívio para os exportadores brasileiros, mas a tarifa adicional de 40% sobre os produtos, imposta por motivação política, no entanto, continua mantida e não há perspectiva de prazo para redução.
Alckmin elogiou o iniciativa do presidente americano. “A última ordem executiva do presidente Trump foi positiva e na direção correta. Foi positiva. Vamos continuar trabalhando”, disse Alckmin. A decisão de Trump beneficia ainda produtos como suco de laranja, manga, banana e açaí. “Tudo isso reduziu 10%”, disse Alckmin.
O vice-presidente considera uma “distorção” a tarifa de 40% que continua sendo imposta sobre os produtos brasileiros. Segundo ele, é necessário corrigir estas distorções durante as negociações entre os dois países, que seguem.
“Há uma distorção que precisa ser corrigida. Todo mundo teve 10% a menos. Só que, no caso do Brasil, que tinha 50%, ficou com 40%, que é muito alto. Você teve um setor muito atendido que foi o suco de laranja. Era 10% e zerou. Isso é 1,2 bilhão de dólares. Então ele zerou, ficou sem nenhum imposto”, disse Alckmin.
“O café também reduziu 10%, mas tem concorrente que reduziu 20%. Então esse é o empenho que tem que ser feito agora para melhorar a competitividade”, disse Alckmin. Com a nova decisão de Trump, o percentual das exportações para os EUA não sujeitas à imposição de tarifas acionais subiu para 26%.
O vice-presidente afirmou que a conversa do presidente Lula com o presidente Trump foi positiva. Ele também destacou a importância das negociações do chanceler Mauro Vieira com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em torno da redução das tarifas.
