O presidente americano Donald Trump confirmou neste domingo, 7, que se reuniu recentemente com o co-CEO da Netflix, Ted Sarandos, para discutir o acordo bilionário entre o streaming e a Warner Bros., atestando que estará ativamente envolvido na análise da possível fusão das empresas. A opinião do republicano, no entanto, pode jogar água fria no acordo. “É uma grande fatia de mercado. Não há dúvida disso. Pode ser um problema”, indicou o político ao ser questionado sobre o negócio.
A fala de Trump se deu no tapete vermelho do Kennedy Center Honors, em Washington DC. No local, o presidente americano elogiou Sarandos, por quem disse ter enorme respeito, mas alegou que o acordo da Netflix para adquirir os estúdios e os streamings da concorrente Warner Bros. precisará ser revisado: “Estarei envolvido nessa decisão. Vai seguir um processo e veremos o que acontece”, garantiu ele sobre a análise governamental da aquisição.
Avaliada em 83 bilhões de dólares, a compra da Warner pela Netflix foi anunciada na última sexta-feira, quando a gigante do streaming venceu o leilão que deu a ela os direitos de seguir com a negociação. O acordo, no entanto, ainda precisa passar pelos órgãos regulatórios americanos, que impendem a formação de grandes monopólios. Em uma teleconferência com investidores, Sarandos expressou otimismo de que o acordo será aprovado, e projetou que o negócio seja concluído em até 18 meses.
Se concretizado, o negócio adicionaria o HBO Max e Discovery+ à já enorme base de clientes da Netflix, com mais de 300 milhões de assinantes. Além dos streamings da Warner, que contam hoje com 128 milhões de assinantes, o acordo também daria à empresa controle sobre as marcas cinematográficas do estúdio.
