Em entrevista recente ao podcast Club Random, Chris Pratt (Guardiões da Galáxia e Jurassic World: Domínio) falou brevemente sobre política — assunto que o ator evita publicamente. Em um momento de forte polarização política nos Estados Unidos, simbolizado pela corrida eleitoral de 2024 entre Kamala Harris e Donald Trump, Pratt optou por não sair em defesa de nenhum dos candidatos, mas afirmou em um artigo de opinião estar focado em garantir que os americanos continuassem se ajudando entre si, independentemente de quem se tornaria o próximo presidente.
Ao ser questionado pelo podcast sobre Robert F. Kennedy Jr., o polêmico secretário de Saúde e Serviços Humanos do governo Trump, conhecido por suas opiniões abertamente negacionistas sobre a eficácia das vacinas, entre outros temas. Kennedy Jr. também vem a ser primo da esposa de Pratt, Katherine Schwarzenegger. Na entrevista ao podcast, o ator reafirmou sua relação com o assunto. “Política é um negócio desagradável”, disse Pratt. “Eu vi em Hollywood como a pessoa que você é pode ser um contraste tão grande com a pessoa que estão dizendo que você é”.
Sobre a relação com RFK Jr., o ator confirmou que já esteve em diversas ocasiões na presença dele em um “clima estritamente de jantar em família”. “Eu me dei muito bem com ele e o acho ótimo. Ele é engraçado, ele é maravilhoso. Eu o adoro.” O ator ainda disse que não pretende falar sobre política nesses encontros. “Não é como se eu dissesse [a ele]: ‘Vamos conversar sobre isso’ enquanto jogamos cartas, nos divertimos ou jantamos”.
De maneira ponderada, Pratt parabenizou a iniciativa criada por Kennedy chamada Make America Healthy Again, que tem como objetivo reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados nos Estados Unidos. O ator afirmou que, independentemente de partido, é uma ação que deve ser celebrada. “Eu odiaria estar tão atolado em ódio pelo presidente a ponto de qualquer sucesso de sua administração ser algo a que eu teria uma reação alérgica”, comentou.
Robert F. Kennedy Jr. é sobrinho do ex-presidente americano John F. Kennedy, assassinado em 1963 e filho do senador Robert F. Kennedy, também assassinado. Na política, chama atenção pelos posicionamentos antivacina. Como parte desse discurso, ele escreveu e publicou o livro The Real Anthony Fauci (O verdadeiro Anthony Fauci, em tradução livre), fazendo referência ao médico imunologista que liderou o combate contra a covid-19 nos EUA, e foi produtor executivo de Vaxxed 2: The People’s Truth, uma sequência do documentário Vaxxed, dirigido por Andrew Wakefield, precursor do movimento antivacina.
Quando anunciado como parte do governo de Trump, o presidente afirmou que RFK Jr. iria “garantir que todos estejam protegidos dos produtos químicos nocivos, dos poluentes, dos pesticidas, dos produtos farmacêuticos e dos aditivos alimentares que contribuíram para a avassaladora crise de saúde neste país”.
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