Quem já fez negócios com a Meituan, gigante chinesa de delivery prestes a desembarcar no Brasil, diz que o fundador da marca, Wang Xing, é “implacável”. Na China, ele já foi multado em cerca de 2,5 bilhões de reais por práticas anticoncorrenciais – e já está na mira de órgãos reguladores em Hong Kong e Arábia Saudita, mercados recém-explorados.
Xing quer escalar rapidamente o negócio no Brasil – e logo abrir operação no México e na Colômbia. A chinesa Didi, que opera com destaque nos três países latinos, quer barrar a entrada da Meituan no nascedouro, por isso o lançamento da 99Food. Em 2017, a Meituan lançou um serviço de caronas em várias cidades chinesas e deu início a uma competição dura.
Em nota, a Meituan diz que as operações na China, em Hong Kong e na Arábia Saudita têm sido “altamente bem-sucedidas”, com a empresa anunciando receita de 12,1 bilhões de dólares no primeiro trimestre de 2025, e que o grupo “reafirmou o compromisso da empresa com a transformação digital e o desenvolvimento sustentável em todos os mercados onde atua”.
Além disso, a Meituan diz que “diferentemente de algumas outras empresas chinesas que se expandiram rapidamente pelo mundo, adota uma abordagem mais calculada, garantindo que seu aplicativo e seu serviço funcionem de forma eficaz e ofereçam uma ótima experiência ao consumidor antes de abrir novos mercados” e que, com relação à Didi, “ambas as empresas atuam no setor de plataformas de serviços urbanos, sendo cada uma líder em sua principal área de expertise na China […] embora a Meituan tenha um market cap 5 vezes maior que a da Didi”.
“Além disso, a relação entre as duas no mercado doméstico não é diferente da que temos com muitos dos concorrentes diretos que enfrentamos ao longo dos anos, como Alibaba e JD”, completa.
Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:
