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A nova rodada de disparos de Eduardo Bolsonaro contra Ratinho e Tarcísio

As tensões internas no bolsonarismo ganharam um novo episódio neste domingo, 27, após Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usar as redes sociais para cobrar os aliados Ratinho Júnior (PSD) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) por maior apoio público ao pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o deputado federal, os governadores estariam “mentindo” ao minimizar o peso do capitão no tarifaço de 50% anunciado pelos Estados Unidos contra o Brasil.

Durante participação em um evento promovido pela XP Investimentos no último sábado, 26, Ratinho e Tarcísio alertaram para os potenciais prejuízos do tarifaço à economia de São Paulo e do Paraná e se queixaram da falta de avanços nas negociações diplomáticas entre o governo Lula e a Casa Branca. Os governadores, porém, não endossaram a narrativa de suposta perseguição judicial a Jair Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado.

Em sequência de postagens publicada no X (ex-Twitter) neste domingo, Eduardo critica os aliados da direita por não pedirem anistia ao pai ou aos presos por envolvimento nos atentados de 8 de janeiro de 2023. “Desconfie de quem se mostra preocupado com a Tarifa-Moraes e não fala dos presos políticos ou crise institucional, ignorando a carta do Trump que é expressa na solução do problema”, escreveu o deputado, que vive nos EUA desde fevereiro.

Em outra publicação, Eduardo compartilha um vídeo do evento no qual Ratinho afirma que “Bolsonaro não é mais importante do que a relação do Brasil com os Estados Unidos”. “Desculpe-me, governador Ratinho Júnior, mas ignorar estes fatos não vai solucionar o problema”, publicou o parlamentar. O filho Zero Três do ex-presidente acrescentou, em outro tuíte, que “é hora dos homens tirarem os adultos da sala”.

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Apoio de Trump a Bolsonaro vira rachadura na direita bolsonarista

O julgamento contra Jair Bolsonaro no STF é citado explicitamente pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na carta publicada nas redes sociais, em 9 de julho, na qual ameaça o tarifaço de 50% contra produtos brasileiros, com início previsto para 1º de agosto. No documento, o americano fala em “caça às bruxas” e cita, ainda, um déficit comercial inexistente entre Estados Unidos e Brasil e as recentes decisões do Supremo que fortalecem a regulação das plataformas digitais em solo brasileiro.

O anúncio do tarifaço abriu uma rachadura nas relações entre o clã Bolsonaro e presidenciáveis alinhados ao bolsonarismo. Pressionados pelo setor empresarial em seus estados, principais atingidos pela taxação, governadores como Tarcísio e Ratinho — além do goiano Ronaldo Caiado (União Brasil) e do mineiro Romeu Zema (Novo) — vêm evitando o apoio explícito a Jair e Eduardo, que passaram a ser vistos como pivôs de um ataque frontal dos EUA à soberania brasileira.

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