Assinada pelo Dicastério para a Doutrina da Fé — nome atual do antigo Tribunal do Santo Ofício —, a nota divulgada na última semana, com a aprovação do papa Leão XIV, estabelece uma nova orientação sobre sexo no casamento. A Igreja reconhece que há uma “finalidade unitiva da sexualidade”, enfatizando que os atos sexuais “não se limitam a assegurar a procriação, mas contribuem para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo”.
Publicado apenas em italiano, o texto apresenta três possibilidades. A primeira é a vida sexual de casais que não podem ter filhos. A segunda é “que um casal não procure conscientemente um determinado ato sexual como meio de procriação”. Por fim, o terceiro item fala sobre respeitar “os períodos naturais de infertilidade” — “isso pode servir não só para regular as taxas de natalidade, mas também para escolher os momentos mais adequados para acolher uma nova vida”, observa o documento. A nota enfatiza que “o casal pode aproveitar esses períodos como manifestação de afeto e para salvaguardar a fidelidade mútua”.