No tapete vermelho de Londres, no Prêmio Booker 2025, nenhum detalhe brilhou mais do que que a bolsa aberta de Sarah Jessica Parker: uma visão quase poética, como se dissesse que, na moda, há beleza também no que não se esconde.
Jurada da premiação literária, ela surgiu em um vestido malva bordado de aura vintage, cintura marcada e delicadeza cinematográfica. Mas foi seu acessório que virou manchete: a top-handle da Fendi usada propositalmente aberta, revelando um interior cintilante de lantejoulas – um brilho pensado para ser visto.
A escolha não era descuido; era mensagem. A bolsa havia desfilado assim mesmo na passarela da coleção primavera 2026 da Fendi, com o fecho deixado livre, deixando um forro quase teatral à mostra. Um gesto simples, mas carregado de intenção: aqui, o charme está no dentro, não no fora.
E então surge a pergunta: será que a nova tendência de Sarah pega? Bom, se alguém pode fazer algo virar no universo da moda, é ela. Afinal, foi praticamente sozinha que a atriz transformou a Fendi Baguette em objeto de desejo planetário como Carrie Bradshaw, na era de ouro de “Sex and the City.”
A “open bag”, porém, não é exclusividade da Fendi. A estética já deu as caras nas coleções de Loewe, Chanel e Louis Vuitton, alimentando uma conversa maior sobre vulnerabilidade estilística — esse “mostrar sem anunciar”, deixar ver um batom antigo, um caderno amassado, um segredo suave no fundo da bolsa. Uma atitude que brinca com o caos, mas que também carrega certa sofisticação relaxada.
Historicamente, bolsas entreabertas já surgiram aqui e ali em editoriais, nos ombros de celebridades flagradas em movimento, e até em ícones como Jane Birkin, famosa por usar sua bag homenagem da Hermès, sempre meio aberta, com lenços e livros escapando de forma charmosa.
No fim, porém, sua bolsa aberta parece mais que um mero truque de styling: é algo como “deixar ver o brilho interior”, o que numa indústria que celebra a autenticidade mais do que a perfeição, talvez seja exatamente isso que o momento pede.
Mas cuidado…
Mas voltemos à pergunta que não quer calar: a moda pega? Bom, esse gesto de Sarah com certeza fará o mundo fashion querer se abrir também. Mas, na realidade, vale alertar: antes de correr para aderir à estética da bolsa aberta — especialmente nas ruas, aposte no efeito visual deixando o fecho quase aberto, mas mantendo seus pertences mais importantes guardados em um compartimento interno, bem protegido. Assim, você entra no clima da tendência sem abrir mão da segurança. Diferentemente do glamour blindado do tapete vermelho, a vida urbana brasileira exige cautela.

