O SBT decidiu que não levará ao ar a entrevista abandonada por João Doria no programa No Alvo — ainda inédito — que fora gravada na última quarta-feira, 25, conforme apurou VEJA com fontes na emissora. O ex-governador de São Paulo havia aceitado participar da atração ainda inédita que consiste em fazer perguntas picantes aos entrevistados, autorizado o uso da imagem, mas voltou atrás depois de se sentir constrangido na gravação. O programa tem previsão de estrear em julho na grade da emissora da família Abravanel. Procurado pela reportagem, Doria agradeceu o contato, mas disse que não tinha nenhuma declaração a fazer.
Segundo funcionários presentes durante a entrevista, Doria não gostou de ser perguntado sobre o vazamento de um suposto vídeo íntimo em que ele aparecia — caso ocorrido em 2018 e que ele havia negado a veracidade das imagens veementemente à época. Outras perguntas também teriam incomodado o empresário. Depois de abandonar a atração, o ex-prefeito avisou que desautorizava o uso da gravação e de sua imagem.
Vídeo de João Doria
Em 2018, João Doria, se manifestou por meio de um vídeo em seu perfil nas redes sociais, sobre as imagens que circulavam na internet em que ele aparecia supostamente tendo relações sexuais com seis mulheres. Ao lado da mulher, a artista Bia Doria, com quem é casado há mais de 30 anos, Doria classificara o vídeo como “vergonhoso”, “produção grotesca” e “fake news” e disse que buscaria a Justiça contra os autores das imagens, além de ter acionado um perito criminal para analisá-las.
“Hoje eu vi um vídeo vergonhoso nas redes sociais, produzido por alguém eu só quer o meu mal, o mal da minha família, uma produção grotesca, fake news. Pedi a um perito criminal que verificasse essas imagens, pedi também medidas judiciais e criminais contra os autores desse vídeo. Lamento muito que a campanha em São Paulo tenha chegado a esse nível, de ferir a nossa família, de ferir um conceito que eu sempre preservei. Refuto isso com toda minha energia”, declarara.
Na época, Doria tinha deixado o cargo de prefeito da cidade de São Paulo para disputar o governo do estado pelo PSDB, e atribuiu a divulgação de vídeo como parte de uma campanha de difamação de sua imagem. Um laudo produzido pela VEJA SP determinou que o vídeo era uma montagem.
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