A fugitiva Carla Zambelli passou mal em uma audiência na justiça italiana para reavaliar se a deputada licenciada permanecerá ou não na prisão até o julgamento do processo de extradição ao Brasil.
O mal-estar caiu como uma luva na estratégia jurídica liderada pelo advogado Fábio Pagnozzi, que pretende apresentar um documento com mais de 80 páginas com pareceres médicos dos mais diversos.
Hoje o que Zambelli mais deseja é esperar todo o rumoroso processo de uma eventual extradição em prisão domiciliar ou até em liberdade por estar por conta de uma suposta depressão.
Investigadores do caso avaliaram, na condição de anonimato, que a justiça italiana pode não ver com bons olhos essa “infeliz coincidência” do ocorrido na audiência.
Até lá, a deputado foragida continuará presa. A justiça pode acatar o pedido de sua condição de saúde debilitada ou manter ela presa até a decisão sobre a extradição ao Brasil.
Zambelli tem um histórico de fuga. Deixou o Brasil dias após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal a 10 anos de prisão pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça.
O objetivo do ataque ao CNJ, feito com a ajuda do hacker Walter Delgatti, era tirar a credibilidade do judiciário e gerar eco ao discurso de Jair Bolsonaro contra a credibilidade eleitoral brasileira.